Banpará energia solar  julho 2024

Memória de Santarém: A volta do Cine Olímpia, há 50 anos

Lúcio Flávio Pinto - 17/04/2022

Imagem de 1976, com o Cine Olímpia reaberto havia 4 anos - Créditos: Arquivo/Padre Sidney Canto

 

Em abril de 1972 o Cine-Olímpia voltou a funcionar, depois de sofrer um incêndio que quase o destruiu por inteiro. Não foi propriamente uma reinauguração, como a empresa ressaltou em uma nota de explicação ao público, porque ainda faltavam “alguns melhoramentos, tais como o forro, a cortina do palco e o balcão”.

 

O prejuízo fora muito alto, ‘e, apesar de comentários maliciosos feitos por ignorantes, não é possível recuperar-se rapidamente de uma perda de tal monta’, dizia o comunicado.

 

Garantia que, para compensar essas deficiências, o Olímpia iniciaria uma “excepcional temporada de grandes filmes’, com um a média de quatro estreias por semana “de filmes de elevado gabarito artístico e de grande sucesso popular”.

 

 

Operação Dragão: Há 35 anos Cine Olímpia exibia última sessão – Aldeia News

 

 

Operação Dragão: Há 36 Anos Cine Olímpia Exibia Última Sessão
Weldon Luciano

 

Há 36 anos, o Cine Olímpia em Santarém, no oeste do Pará, exibia sua última sessão. Em cartaz, o filme Operação Dragão, com o astro das artes marciais, Bruce Lee, o dia 4 de maio de 1986 marcou o encerramento das atividades. O antigo cinema da cidade durou mais de 6 décadas sendo um marco para história e a cultura da região.

 

Inaugurado em 1924 com o nome de Cine Ideal, o espaço foi idealizado por Manoel Albuquerque. Era precário, ao ar livre, sem teto e de chão batido, falindo após alguns meses. Após ser arrendado, o empreendimento reabriu com o nome de Cine Guanabara, agora com telhado, o que permitia exibições em dias de chuva, mas também não durou muito tempo.

 

“Meu bisavô o reinaugurou com o nome de Cine Olímpia e funcionou durante 6 anos. Em 1937, foi novamente arrendado, agora pelo Sr. Arnold, alemão patriarca da família Meschede, que o denominou Cine REX”, conta Emano Loureiro, cineasta.

 

Modernizado com um sistema de som, algo inédito para a época, onde antes os filmes eram mudos e acompanhados de uma banda musical, o cinema local passou por uma década de altos e baixos. “O antigo prédio foi demolido e reconstruído em 1947 como Cine Olímpia novamente, já pelo meu avô Manoel Cardoso Loureiro”, relembra Loureiro.

 

Outro episódio marcante da história do Cine Olímpia foi o incêndio em 1971, já na  administração de Raul Loureiro, pai de Emano. Foi reinaugurado com modernos equipamentos de projeção da marca Zeiss, importados da Alemanha e o primeiro cinema privado de rua do Brasil com esses aparelhos. Resistiu por mais 14 anos, vindo a encerrar as suas atividades em 1986. “Foram 62 anos de história do Cine Olímpia. Vinte anos depois, encerrava-se a tradição de exibidores de cinema da família Loureiro em Santarém, com o fechamento do Cinerama em março de 2006”, conclui o cineasta.

 

------

LEIA TAMBÉM:

 

Memória de Santarém: Orquestras (mais ou menos), em 1952

 

Memória de Santarém: Banda enriquecida, em 1967

 

Memória de Santarém: O 1º centenário de Santarém

 

Memória de Santarém: Uma ONG para cuidar dos tuberculosos

 

Memória de Santarém: O cinema do “Simõeszinho”

 

Memória de Santarém: A visão distorcida da várzea do rio Amazonas

 

Memória de Santarém: primeiro ano do ginásio Dom Amando

 

Memória de Santarém: A cidade e os impostos

 

Memória de Santarém: As enchentes, o ruim e o bom - há mais de 150 anos

 

Memória de Santarém: Os novos datilógrafos

 

Memória de Santarém: Aldeia sem luz

 

Memória de Santarém: A turma do SESP

 

Memória de Santarém: A saga da biblioteca municipal

 

Memória de Santarém: Padre, educador e poeta iluminado

 

Memória de Santarém: Os estragos causados pela chuva, em 1966

 

Memória de Santarém: Primeira sessão de autógrafos

 

Memória de Santarém: Cadê os pianos?

 

Memória de Santarém: A morte do 'Barra Limpa'

 

Memória de Santarém – A tragédia de Santarém

 

Memória de Santarém – A Operação Tapajós

 

Memória de Santarém: Nossos deputados estaduais em 1963

 

Memória de Santarém: Peixe caro em 1952

 

Memória de Santarém: Qual a sua graça? Bráulio Rodrigues da Mota!

 

Memória de Santarém: Futebol poderoso e pobre

 

Memória de Santarém: A notícia da morte de Manelito

 

Memória de Santarém: Quando havia o alto-falante

 

Memória de Santarém: Congregação Mariana dos Moços

 

Memória de Santarém: Cidadãos de Santarém, 1963

 

Memória - Um amor em Santarém

 

Memória de Santarém: A imagem do populismo

 

Memória de Santarém: Os confederados: um marco no desenvolvimento do município

 

Memória de Santarém: velho Faria ; ex-prefeito Ismael Araújo, Raimundo Pinto; velho Figueira; matriarca dos Pereira

 

Memória de Santarém: Começo da Tecejuta

 

Memória de Santarém: pianos em Santarém

 

Memória de Santarém: A primeira prefeita

 

Memória de Santarém: 1948

 

Memória de Santarém: Primeiro jato militar 

 

Memória de Santarém: A Miss Brasil entre nós

 

Memória de Santarém: Nas asas da Panair

 

Memória de Santarém - Tecejuta

 

Memória de Santarém: O regresso de Sebastião Tapajós, há 31 anos

 

Memória de Santarém: Cléo Bernardo e Silvio Braga

 

Memória de Santarém - Meu avô Raimundo

 

Memória de Santarém: o direito de ser criança em cidades pequenas




  • Imprimir
  • E-mail