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Operação contra garimpos ilegais na região de Jacareacanga; equipamentos destruídos são calculados em mais de R$ 10 milhões

Portal OESTADONET - 18/02/2022

Imagem divulgada por garimpeiros mostra incêndio de balsas; porto antes da ação atribuída às forças de segurança - Créditos: Redes Sociais

O clima é tenso na região garimpeira do município de Jacareacanga, no sudoeste do Pará. A presença dos homens da Força Nacional de Segurança Pública, da Policia Federal e do ICMBio, desde segunda -feira(14), tem causado grande inquietação e provocado protestos de garimpeiros e também nas pessoas que dependem dessa atividade em Jacareacanga. No entanto, nesta sexta-feira(18) circulam noticias dando conta que a operação será suspensa por ordem do ministro da Justiça, Anderson Torres.

 

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Na noite de ontem imagens compartilhadas nas redes sociais mostram equipamentos pegando fogo no meio do rio Tapajós, em uma localidade conhecida como Penedo, que está localizada a 20 km do acesso À rodovia Transamazônica, considerada base operacional dos garimpeiros que atuam na ilegalidade.

 

Pela manhã, no garimpo Porto Rico, as forças de segurança precisaram dispersar com o uso de bombas de efeito moral uma tentativa de moradores e garimpeiros de impedir o pouso de aeronaves para que as ações não fossem realizadas.

 

A ação é atribuída à operação ‘Caribe Brasileiro’ deflagrada pela Polícia Federal para combater à exploração ilegal de ouro nas áreas de preservação ambiental, como a Floresta Nacional do Crepori e, principalmente, em terras indígenas, o que teria sido a causa da mudança da coloração e poluição por mercúrio do rio Tapajós.

 

Até o quarto dia,  a operação destruiu e apreendeu dezenas de equipamentos. São 17 escavadeiras hidráulicas na região, 26 motores-bomba, duas antenas de satélite, duas motos, um carro, uma balsa, três geradores e um trator de esteira. Foram destruídos durante a ação, 14 acampamentos e 39 litros de combustível. O valor de todo material inutilizado pelos federais até o momento está estimado em quase R$ 10 milhões.

 

A previsão é que os federais fiquem por lá por pelos menos 30 dias.




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