Bolsonaro tem o vírus da antidemocracia
O presidente Jair Bolsonaro apresentou, agora de manhã, a sua receita para tirar o Brasil da crise gerada pela pandemia da covid-19: "Botar este povo para trabalhar, preservar os idosos, preservar aqueles que têm problemas de saúde, mais nada além disso. Caso contrário, o que aconteceu no Chile vai ser fichinha perto do que pode acontecer no Brasil”.
Aos jornalistas que o ouviam na sua saída do Palácio da Alvorada, ele profetizou: “Todos nós pagaremos um preço que levará anos para ser pago, se é que o Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês tanto defendem. Ninguém sabe o que pode acontecer no Brasil”, disse ele, alertando para a possibilidade de saques a supermercados.
China e Coreia do Sul estão saindo da crise, sem qualquer relação com o que aconteceu no Chile e em todos os países que demoraram no combate preventivo à transmissão e contágio do vírus, fazendo - ao menos durante algum tempo - o que prega Bolsonaro. O Brasil estava no mesmo caminho, mas se desviou, passando a tentar levar a sério a ameaça. O presidente está se empenhando em não permitir que isso aconteça.
Com a ênfase de hoje, parece ter ficado mais claro o que pretende: insuflar o caos para atingir a democracia, na qual se sente mal acomodado. De tal forma que apontou os jornalistas como defensores desse regime. Não ele mesmo.
O DISCÍPULO
A suposta epidemia de coronavírus não existe. Não aumentou em nenhum ponto o número habitual de mortes no mundo. Você não tem um só caso de coronavírus confirmado. Só teria se houvesse o exame de cada órgão do falecido. Isso nunca foi feito. O que há é a mais vasta manipulação da opinião pública que já aconteceu na história humana.
Com todas as letras, foi o que o suposto filósofo Olavo de Carvalho declarou, em transmissão ao vivo pelo Youtube no domingo passado, 22.
Dois dias depois, o presidente Jair Bolsonaro repetiu as estultices, como boneco de ventríloquo.
