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Doença de Chagas: Sespa aponta ocorrência de 5 surtos nos últimos 20 anos; mortes não são registradas na região desde 2016

Weldon Luciano - 11/04/2019

A Secretaria de Estado de Saúde do Estado do Pará (Sespa) que monitora a incidência de casos de Doença de Chagas na região aponta que nos últimos 20 anos ocorreram 5 surtos em 7 municípios que compõe a 9ª Regional, resultando em 62 casos confirmados, sendo a maior parte deles em Santarém. A última morte registrada ocorreu em 2016. A Sespa aponta ainda que a Doença de Chagas na região oeste do Pará se apresenta com um perfil epidemiológico. Os dados fazem parte de um relatório feito pela pasta, ao qual o Portal OESTADONET teve acesso.

 

De acordo com o documento, Santarém registrou quatro surtos, sendo o primeiro em 1999, ocorrido na comunidade de Pau D’arco com 9 casos confirmados. O segundo foi em Mojuí dos Campos no ano de 2006, quando ainda não havia sido emancipado, com a confirmação de 19 casos e 1 morte. O terceiro ocorreu em 2016, na comunidade de Marimarituba com a confirmação de 10 casos e 1 morte, sendo esta a última a ser contabilizado na região. Em 2017, na comunidade Cachoeira do Aruanã, 12 pessoas apresentaram sintomas e tiveram o diagnóstico confirmado.

 

Em 2018, no único surto registrado fora do município de Santarém, foram 5 casos confirmados em Curuá. A Sespa contabiliza ainda no relatório, casos isolados, ou seja, apenas 1 pessoa teve a confirmação da doença, não caracterizando surto: Santarém em 2009 e 2018, Juruti em 2014, Prainha em 2017, além de Oriximiná, Alenquer e Jacareacanga em 2018.

 

O relatório aponta também que a incidência de casos está relacionado a antropização, ou seja, a ação do ser humano sobre o meio ambiente que afugenta o barbeiro, vetor da doença, para áreas habitadas. As investigações tem sinalizado que a principal forma de transmissão é por via oral, através da ingestão de alimentos contaminados com o Trypanosoma cruzi, encontrado no barbeiro. A espécie de inseto que mais apresentou a presença do protozoário que causa a enfermidade é o Rhodnius robustus.

 

 A maior parte deles está relacionada ao consumo do vinho de bacaba e patauá preparados na própria comunidade, sem as devidas condições de preparo. Com o açaí ocorre em menor escala, devido ao trabalho de conscientização e realização do processo chamado branqueamento subsidiado pelas autoridades sanitárias e de saúde. Os casos de contaminação por via vetorial, ou seja, do contato com o inseto contaminado foram registrados em menor escala.




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