Museu de Ciências da Amazônia entra em fase final de construção e deve ser inaugurado em 2020, em Belterra
O Museu de Ciências da Amazônia (MUCA) entra em fase final de construção e deve ser inaugurado em 2020, em Belterra, no oeste do Pará. A informação foi confirmada pelo pesquisador e professor Otávio Mercadante, um dos idealizadores e que vem acompanhando a execução do projeto. Também chamado de Museu do Homem, o espaço deve ser um grande incentivo a pesquisa, além de inserir a região do Tapajós no turismo científico.
“Estamos elaborando os programas fundamentais deste museu. É um museu de ciências da Amazônia, mas ele tem uma missão mais ampla do que simplesmente trazer exposições e temas como existem nos museus tradicionais. Ele vai ser um museu de informação e vamos ter que como objetivo principal trabalhar a questão da produção a partir da floresta”, ressaltou Otávio Mercadante ( foto ).
Segundo o professor, trata-se de um prédio de madeira com arquitetura voltada para a sustentabilidade, sendo o maior da cidade. O museu contará com espaço para exposições, anfiteatro, auditório e laboratório voltado para o ensino de ciências na rede escolar, além de um laboratório onde o Instituto Butantã poderá conduzir pesquisas e experimentos voltados em Belterra. Mercadante conta que a iniciativa surgiu durante as pesquisas do Instituto Butantã que criou fortes vínculos com a floresta e os moradores do local.
“A ideia vem desde o início dos trabalhos do Butantã na região. Tivemos uma ligação muito forte com os ribeirinhos e desde então temos a ideia clara de que existe um potencial na floresta em pé e ele tem que ser ao máximo aproveitado e desenvolvido. A ciência é a base disso”, disse Mercandante.
O investimento será de R$ 17 milhões, sendo parte dele financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sectec). “É um museu com muito investimento e muito recurso áudio visual e materiais que devem atender todos a população não só de Belterra, como de Santarém e os demais municípios da região”, conclui o pesquisador.