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Pará: Mais segurança

Lúcio Flávio Pinto - 13/11/2018

Helder Barbalho está certo ao colocar a segurança pública no topo das prioridades do seu governo. A violência e a sua mais terrível manifestação, dos assassinatos, com o destaque das execuções sumárias, na crônica sangrenta de todos os dias, exigem atenção redobrada.

O novo governador disse que a sua primeira providência nesse setor será pedir ao governo federal o deslocamento da Força Nacional para o Estado. Ao meu ver, é uma iniciativa errada. A insuficiência de efetivo policial não é a principal causa do fracasso do combate estatal à criminalidade. É a sua deficiência, por falta de qualificação, de motivação, de apoio e de integridade no cumprimento das tarefas da segurança pública.

Se fosse o governador, meu primeiro ato, logo depois da posse, seria reunir, talvez no Mangueirinho, representação plural de todos os contingentes e setores da polícia para lhes anunciar as diretrizes de ação do governo e algumas medidas de apoio, na forma de salário indireto, como creches, bolsa de ensino para as famílias, crédito imobiliário subsidiado (mas não em conjuntos residenciais exclusivos, que podem se tornar armadilhas para os bandidos matarem policiais), melhor assistência médica, social e psicológica, adicionais por bom desempenho comprovado.

Estabelecidas essas premissas, começariam os investimentos no aprimoramento da operação policial, através de treinamento intensivo (incluindo estágios em outros Estados ou fora do país), atualização do setor de inteligência, reforço do efetivo com a devolução de todos os militares retirados do serviço ativo, aprimoramento da ouvidoria e da corregedoria da polícia, rondas permanentes pelas cidades e aproximação da polícia da sociedade.

Começar com a Força Nacional significa criar um paralelismo que não melhora nem instrui o organismo da própria polícia local, além de transferir responsabilidades e competências.




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