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Parte do maquinário da antiga fábrica da Tecejuta está ao relento

Weldon Luciano - 24/10/2018

Parte do maquinário da extinta Tecejuta, no bairro da Prainha, em Santarém, não tem destino certo -

Parte do maquinário pertencente à extinta Companhia de Fiação e Tecelagem de Juta de Santarém (Tecejuta) está ao relento, sofrendo a ação do sol e da chuva. Segundo constatou a reportagem do Portal OESTADONET, as antigae maquinas foram removidae dos galpões que estão sendo reformados para servirem como setor de cargas no novo terminal hidroviário. O Consórcio Tapajós, vencedor da licitação, composto pelas empresas Laje Construção e Paulo Brígido Engenharia, responsável pela execução das obras informou que aguarda uma definição do governo do estado para saber qual será a destinação do maquinário.

 

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Parte da estrutura de concreto e pedra da antiga Tecejuta está sendo reaproveitada para obra do terminal de passageiros e cargas. Estão sendo quebrados em pedaços menores que servirão para a obras dos novos prédios erguidos na área. Porém, permanecem no local, deteriorando-se, partes do que um dia foram os geradores da casa de força da fábrica, além de outros materiais e até mesmo um cofre.

Entramos em contato com a assessoria de comunicação do governo e aguardamos resposta sobre o assunto. Solicitamos também informações sobre o que foi feito com as máquinas de tecer e demais equipamentos, além de questionar o que foi feito com os registros e documentos da antiga fábrica que eram armazenados no local até o início das obras, incluindo cadastro de funcionários, tempo de serviços prestados e movimentação financeira da tecelagem.

Segundo o jornalista Manoel Dutra, a fundação da Companhia de Fiação e Tecelagem de Juta de Santarém, a Tecejuta, nos anos 50, foi uma tentativa de introduzir na Amazônia um ensaio do setor moderno, isto é, industrializar localmente a matéria-prima. Historicamente a região é exportadora de materiais primários. A Tecejuta propunha exportar o produto acabado ou semi-acabado, rompendo com séculos de um modelo primário-exportador.

A fábrica foi inaugurada em 10 de novembro de 1951, no bairro da Prainha. Seu fundador, o japonês Kotaro Tuji, proprietário também da Casa Boa Esperança, foi um pioneiro e idealista do cultivo da juta na Amazônia. Era uma das primeiras fábricas da cidade, que gerou empregos e marcou época, encerrando as atividades nos anos 80.




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