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Memória de Santarém (1953-1959) - Automóveis; comércio; economia

Lúcio Flávio Pinto - 09/06/2024

 

 

 

Liebold muda de dono

 

 


Autos criminais comprovam o roubo do gado denunciado pela firma J. Liebold & Companhia, após exame de corpo de delito no couro do boi, em 1938. Acervo: TJPA

 


Palmira Vieira Liebold, sócia solidária da firma J. Liebold & Companhia, desta praça, comunica aos bancos, repartições federais, estaduais, municipais, autarquias e ao comércio em geral, que, com o falecimento do chefe daquela razão social, cidadão Arthur Johannes Liebold, ocorrido em 30 de abril último, passou a firma em apreço a girar a partir do dia 8 deste mês sob a denominação J. LIEBOLD & CIA., “em liquidação”, conforme despacho da M. M. Junta Comercial do Pará, em 8 de maio de 1953, assumindo, na qualidade de sócia solidária sobrevivente, a gerência de todos os negócios da referida firma.

 

 

Automóveis à venda


Quem, mais velhinho, não se lembra do automóvel “Nash Super”, de cor verde claro, chapa 1-09-64”, de Lourival (“Lauri”) Vanghon, que ia e vinha do velho aeroporto transportando cargas e passageiros, ou circulando maciamente pela cidade, com todo seu charme? Pois uma praça de 30 de julho de 1959 foi marcada para quem o arrematasse, a partir da avaliação de 40 mil cruzeiros, por conta de uma dívida do simpático Lauri com Elpídio Cruz Moura.

 

 


 

 

Aliás, muitos editais de praça foram publicados nessa época em execuções de dívidas.

 

 


 

 

E quem comprou o automóvel Studebaker Champion semi-novo que José Fernandes anunciou para venda, “por preço de ocasião”, em 1959? Os interessados tiveram que tratar com o vendedor na “Rodagem 178”.

 


Carro bovino


Mas também estava à venda, “por preço razoável, um excelente carro com rodas de caminhão e um ótimo boi para o mesmo. A tratar à praça de S. Sebastião, 74”.


 

Ofertas do restaurante


Restaurante Pálace, de M. S. Pinho & Cia. Serviço de lanches, com cozinha de 1ª ordem, pratos especiais em cardápio variado. Saboreie sempre os deliciosos pratos regionais. Café, leite, Nescau, Toddy, Vic-Maltema com bananas, Bananamalte, chá, Milo, coalhada, viúvas, carapinhadas, sandwiches, refrescos, saladas de frutas, omeletes, fritadas, salada de bacalhau, camarão, sardinhas, salsicha e filets. Cervejas, guaranás, Coca-Cola, quinados portugueses, vinhos, água mineral e a saborosa Cuba Libre. O ponto chic para as pessoas de bom gosto. Conforto, higiene e distinção. Aberto até as 24 horas. (1953).


 


Produtos regionais


Jacob Isaac Serruya – Importador e Exportador. Fazendas, estivas, miudezas, ferragens. Compra pelos melhores preços: caitetús, queixadas, veados, maracajás, lontras, ariranhas, cumaru, borracha, sernambi, caucho, jutaicica, copaíba, etc.  Rua João Pessoa, 16. Caixa postal, 49. Endereço telegráfico: Jackser. Filial em Belém, na rua 13 de Maio, 17. End. Tel. Serjac. (1955).

 


Berbary deixa a cidade


Miguel J. Berbary, por motivo de saúde, tendo de ausentar-se de Santarém, oferece à venda o seu estabelecimento comercial denominado Nova Aurora e casas residenciais, sitos à rua 24 de Outubro, nesta cidade.

 


Contra os mosquitos


A Casa Régis, na João Pessoa 433, vendia os “Boa Noite”, espirais contra mosquitos e carapanãs. Mas que, como se descobriria depois, provocavam efeitos colaterais nas pessoas e deixaram de ser comercializados.

 


Cliente, não esqueça


A Sapataria Terezinha, de Taciano da Silva (Travessa dos Mártires, 92), confeccionava “com esmero calçados para homens, senhoras e senhoritas e crianças em todos os modelos por preços módicos”. Pedia para os clientes gravarem “bem na memória as vantagens que lhe oferece este moderno estabelecimento e faça-nos uma visita”.

 


Continuando a crescer


Marques Pinto Irmãos comunicava ao público que elevara seu capital, de um milhão para cinco milhões de cruzeiros, e a natureza da firma, que era limitada, e passaria a ser sociedade anônima. Sinal de que pretendia continuar a crescer. Era uma das maiores empresas de Santarém, se não a maior.

 


Madeiras que acabaram


Serraria Lanor – Bairro da Prainha, tinha para vender grande quantidade de madeira para construções, como sejam: tábuas para assoalho: Andiroba, Tatajuba, Aracanga, réguas de Sucupira, etc.; tábuas refugo de Cedro e outras madeiras; pernamanca de Cedro, Angelim, Louro, etc.; tábuas para forro, verdugos, malhas, etc; tacos de Sucupira, Pau-marfim, Angelim, Pitomba de Leite, etc. Preços sem competência – Aceitava encomendas de madeiras com medidas exatas.

 

 

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