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Memória de Santarém: Os Dez Mandamentos; Sinfônica de Santarém; Mestre Agostinho; Carnaval sem paletó
Os 10 mandamentos.
Raul Loureiro mandou encartar um suplemento de página inteira em O Jornal de Santarém para anunciar a exibição, em outubro de 1966, de Os Dez Mandamentos, a superprodução cinematográfica de Cecil B. De Mille, com Charleston Heston (Moisés) e Yul Brinner (o faraó egípcio) nos papéis principais. A Casa Moraes e A Pernambucana ajudaram a custear a despesa, que seria alta, por causa das exigências da produtora americana, a Paramount, que cobrava para si 70% da renda da bilheteria. Aliás, nessa época a Lundgren Tecidos fechava a sub-filial de A Pernambucana em Belterra.
Sinfônica de Santarém
Sob a inspiração de frei franciscano Ambrósio Philipsemburg, Luiz Bonifácio da Silva Barbosa criou, em 1918, a Sinfonia Franciscana, considerada a mais importante da história de Santarém. Então com 45 anos, o maestro se manteve à frente da sinfônica até 1935. Depois, entre 1943 e 1945, deu aulas de teoria musical no Dom Amando e no Santa Clara. De 1949 a 1952, quando morreu, dirigiu a escola de música mantida pela Sociedade Musical de Santarém. Luiz Barbosa criou e dirigiu várias outras organizações musicais, no Pará e no Amazonas. Estava em Belém, onde participou da orquestra de Meneleu Campos, quando foi convidado a voltar em Santarém por frei Ambrósio.
Maestro Meneleu Campos
Mestre Agostinho
O jornal O Mariano registrou a morte do professor José Agostinho da Fonseca, em 11 de novembro de 1945. Classificou-o como “elemento notável que soube se recomendar em nossa Santarém e que verdadeiramente se julgou feliz em se tornar um santareno de coração, cujo amor a esta terra talvez mesmo fosse maior que à sua terra natal, Manaus, capital amazonense”.
Disse que ele, como musicista, “procurou sempre encantar qualquer auditório seleto com a delicadeza e harmonia notáveis das suas composições, tendo mesmo criado o mais perfeito conjunto musical da cidade: Euterpe Jazz”. Já como homem simples, “sempre procurou ser amável, polido, educado, granjeando assim a imensa simpatia do povo de Santarém, cuja prova visível foi o acompanhamento dos seus funerais”.
Carnaval com paletó
Quem quisesse frequentar os bailes de carnaval do Centro Recreativo precisava usar fantasia ou envergar traje passeio completo (paletó e gravata), “não sendo considerados fantasia: camisa de meia, blusão ou similares”. Em 1959 foram quatro bailes, sendo um infantil (às quatro horas da tarde) e outro extra, sob a animação da orquestra Mocorongo.
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