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Ataques de animais peçonhentos diminuem em Santarém, mas chuvas aumentam perigo

Sílvia Vieira, Repórter do Portal OEstadoNet - 29/02/2016

Apesar do número de ataques de animais peçonhentos ter diminuído mais de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, a ocorrência de chuvas nesta época do ano, favorece o aumento desse tipo de ocorrência, em Santarém, no Oeste do Pará.

Segundo dados do Hospital Municipal de Santarém inseridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em janeiro deste ano foram 26 os ataques de animais peçonhentos. Enquanto em janeiro de 2015, foram 54 as ocorrências envolvendo animais peçonhentos como serpentes, escorpiões, aranhas, abelhas, centopeias, lonômia e lagartas.

A queda dos números de acidentes, se deve ao fato da forte atuação da vigilância em saúde frente ao impacto de agravo na população. A maioria desses acidentes foi notificada como tendo ocorrido na zona rural e as vítimas eram homens.

Durante todo o ano de 2015 foram registrados 511 casos de ataques de animais peçonhentos no município de Santarém, sendo as picadas de serpentes, os registros de maior ocorrência, 236 no total. Em segundo lugar aparecerem os ataques de escorpiões, com 195 casos.

A orientação da vigilância em saúde é de quando serpentes e outros animais peçonhentos forem encontrados em quintais ou no interior das casas, na zona urbana, as pessoas podem chamar o Corpo de Bombeiros e o Centro de Controle de Zoonoses para fazerem o recolhimento correto do animal.

No caso de picada por animais peçonhentos, a recomendação é para que a pessoa mantenha a calma, lave o local afetado com bastante água e sabão e, imediatamente após, se dirija a uma unidade de saúde. Não deve amarrar ou tentar sugar o veneno no local da picada, nem cortar, aplicar borra de café, sabão, fumo ou fazer qualquer outro tipo de intervenção sem fundamento, que pode ocasionar contaminação, necrose, amputações e até mesmo a morte da vítima. Em hipótese alguma se deve oferecer qualquer tipo de medicamentos, via oral, ou bebidas que contenham álcool. Este tipo de procedimento não ajuda em nada e só piora o caso.

Sobre os danos causados pelo ataque de um ataque de animal peçonhento, variam de acordo com a espécie do animal agressor, mas em idosos e crianças até 10 anos os efeitos e sequelas costumam ser mais intensos e sérios.

Medidas de prevenção

Serpentes: A medida de prevenção mais comum para evitar acidentes que envolvam serpentes é evitar os locais onde elas podem ser encontradas. Se tiver que adentrar o habitat das Serpentes a pessoa deve fazer isso calçando botas de cano longo, calças compridas de tecido grosso e camisa de manga comprida do mesmo tipo de tecido. Em depósitos de grãos, por exemplo, os cuidados devem ser redobrados e os trabalhadores devem se movimentar sempre com muita atenção. Nos casos em que as pessoas sofram ataque devem procurar, imediatamente, ajuda médica na unidade de saúde mais próxima.

Escorpiões: Uma das maneiras mais comuns de os Escorpiões entrarem em contato com os humanos é invadindo as residências por meios dos canos de esgoto, local onde vivem as baratas. Os Escorpiões penetram no esgoto em busca das baratas, que lhes servem como alimento, e daí entram nas casas através dos ralos dos banheiros ou da cozinha. A recomendação é a vedação das tampas dos ralos, enquanto não for necessário seu uso. Outro local onde as baratas vivem, e onde os escorpiões podem ser encontrados, são as caixas de gordura das residências. Nesse caso a limpeza frequente dessas caixas de gordura pode evitar o perigo de ser picado por um desses animais.

Aranhas: Para prevenir e reduzir o número de acidentes com Aranhas algumas das recomendações são: manter limpa a casa e a área ao seu redor e, evitar lixo e entulhos que podem servir de abrigo para muitos desses animais, tapar frestas e buracos nas paredes, tapar ralos de pias e de banheiros, examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho antes de usá-las e não colocar as mãos em tocas, buracos ou ocos de árvores. Nos sítios e chácaras, manter uma área limpa em volta da casa, sem mato e, quando for aos pomares, seguir as orientações dos hábitos desses animais, pois a maioria deles gosta de ficar em cascas de árvores, escondidos entre as folhas do solo, debaixo de pedras, em locais úmidos e escuros. Quem pratica eco turismo também deve se proteger usando calçados fechados como botas e tênis.

Abelhas: No caso das Abelhas a melhor prevenção é não se aproximar da colmeia. Uma vez que os ataques ocorrem nas regiões de floresta onde elas gostam de fazer sua colmeia, estar protegido com botas, calças e camisas de manga comprida feita de tecido grosso, ajuda.

Lagarta Lonômia: De coloração marrom-esverdeada, a lagarta Lonômia gosta de ficar em grupo nos troncos das árvores, o que faz sua cor se confundir com o tronco. As pessoas desatenciosas colocam a mão ou se encostam ao tronco entrando em contato com as cerdas (espinhos) do corpo da lagarta que penetram na pele e jogam o veneno no corpo da vítima. O veneno da Lonômia pode causar hemorragia cerebral. A única prevenção se constitui em muita atenção ao andar em local de floresta.




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