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Memória de Santarém: a vida a partir de 1872

Lúcio Flávio Pinto - 24/03/2024

Atual Museu João Fonna, à época, no final do século XIX - Créditos: Arquivo/Livro Memória do Poder Legislativo

 

 

Consultando a coleção do jornal Baixo-Amazonas, vou começar a reconstituir um pouco da história de Santarém a partir de 1872. Os registros mostram o desejo da população de obter sua autonomia, a forma política e jurídica que tornaria possível o seu melhor desenvolvimento.


 

Potencial não aproveitado


O Baixo-Amazonas era então “a região mais rica e mais populosa de todo o Vale do Amazonas”, pela “fertilidade do seu solo, pelo desenvolvimento industrial, agrícola e comercial”. Apesar desse potencial, era “olvidada” pelo governo central.


 

Recenseamento do império


Foi constituída a comissão para realizar o recenseamento geral em Santarém. Era integrada pelo barão de Santarém, o tenente coronel Joaquim Rodrigues dos Santos, o arcedíago José Gregório Coelho, o juiz de direito Manoel Sá e Souza e o major Joaquim Antônio Libório Chaves.

 

 


 

 

Barbeiro italiano


O barbeiro italiano Caracciolo Saveiro anunciava os serviços que prestava em sua loja: “sangra, aplica baixas e ventosas, limpa dentes com asseio e prontidão”. Recebia assinantes mensais por preços “razoáveis” na rua do Castelo. Mas acabou se mudando para Manaus.


 

Engenho na Taperinha

 


Vestígios da moenda do Engenho Taperinha - Arquivo de Wilverson Rodrigo -2009

 

 

O barão de Santarém e R. J. Rhome constituíram uma sociedade agrícola no engenho denominado Taperinha, de propriedade de ambos, situada à margem do igarapé Ayaya.
 

 

Sítio Barreirinha
 

Oferecido à venda o sítio Barreirinha, no Alto Tapajós, pertencente à viúva de Antônia Souza da Costa, com casa de vivenda e algumas cabeças de gado.
 

 

Nova sociedade
 

Fortunato Cagy & José Toledano constituíram uma nova sociedade comercial para substituir a firma que extinguiram.
 

 

Ouro enterrado
 

Em Alenquer, um escravo achou no mato “uma quantidade de objetos em ouro”. Informado da descoberta, o português João Soares, conhecido como João Redondo, desenterrou o achado e se apossou dele. Foi instaurado inquérito policial a respeito.
 

 

Escravo fugido
 

A 30 de junho, o escravo Gervásio fugiu da propriedade de Silvério d’Albuquerque Tomás, residente no Alto Tapajós. Ele publicou edital para protestar “com todo rigor da lei contra quem o acoitar, que será responsável por todas as perdas e danos”.

 

 

 

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