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Rastreio de celular furtado, encontrado em cemitério, termina com prisão de suspeito e policial jogado em cima de sepultura, em Santarém

Portal OESTADONET - 15/03/2024

Créditos: Imagem ilustrativa

A prisão de um suspeito de furto ocorrido na manhã do último dia 10, por muito pouco não terminou de forma trágica, nas dependências do cemitério São João Batista, no bairro Santa Clara, em Santarém, no oeste do Pará. Elisvelton Azevedo de Lima foi apresentado na 16ª Seccional de Polícia Civil pela equipe do sargento Clodoaldo Galúcio Andrade, após ter sido detido pela prática de furto de um aparelho celular. Durante a abordagem, o suspeito travou luta corporal com um policial e o jogou sobre uma sepultura. O acusado tentou tirar a arma do policial, que resistiu e houve um disparo acidental. Por sorte, ninguém ficou ferido. O suspeito imobilizado, algemado e conduzido à delegacia de polícia.

 

O crime praticado por Elisvelton aconteceu durante a manhã do último domingo. Ele invadiu uma residência na rua Brasília, no bairro Santíssimo, de onde furtou um Iphone. Segundo a dona do imóvel, por volta das 06h30, ela ouviu barulho vindo da sala. Ao avistar o desconhecido dentro de casa, ela gritou perguntando o que ele queria. O suspeito pegou o aparelho que estava na mesa e fugiu correndo, pulando o muro do imóvel.

 

A vítima pegou seu veículo e foi atrás do homem, na tentativa de localizá-lo. Ela acionou a polícia via 190. A mulher avistou o indivíduo próximo à TV Tapajós. Por orientação da polícia, ela parou a perseguição e ficou aguardando a chegada da viatura da PM. 

 

Já com os policiais, eles a orientaram fazer o rastreio do aparelho. A localização apontava que o celular estaria no cemitério São João Batista. Os policiais rapidamente localizaram o suspeito e fizeram a abordagem. Ele estava de posse do aparelho furtado. 

 

Durante a revista, ele entregou o celular ao policial e num descuido da equipe, saiu correndo pelo interior do cemitério. Ele foi cercado pelos militares. O policial Trindade o avistou e se aproximou dele. Elisvelton então empurrou o policial sobre uma sepultura e tentou tomar sua arma, momento em que travaram luta corporal e a arma disparou. O policial Mota deu apoio ao colega e conseguiu imobilizar o suspeito. 

 

Levado para a delegacia, o homem deu o nome de Janderson Ferreira Azevedo. Foi feito o procedimento cabível e ainda pela manhã de domingo, ele passou pela audiência de custódia.

 

Em consulta ao sistema, através do nome da mãe e pela data do suspeito, foi identificado que ele se chamava Elisvelton Ferreira Lima e não Janderson Ferreira Azevedo, como se apresentou aos policiais.

 

Foi descoberto ainda que o suspeito possui contra sim uma condenação.


Ao juiz, ele confessou que teria dado o nome de seu irmão com receio de ser preso.

 

Tanto na delegacia quanto diante do juiz, o acusado forneceu informações falsas em documento público, com a clara intenção de ocultar um fato juridicamente relevante.

 

O juiz David Weber Aguiar Costa, responsável pelo plantão judicial, converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva ‘tendo em consideração que estão presentes os requisitos do art. 312 do CPP, materialidade e indícios de autoria, e a necessidade de garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal, tendo em consideração que o autuado demonstra que não quer cooperar com a apuração estatal e por isso não revelou a sua identidade aos órgãos de segurança pública nem a esse Juízo, e a reiteração criminosa parece evidente se posto em liberdade’, decidiu o magistrado.

 

Elisvelton foi levado à delegacia de polícia para a devida identificação e indiciamento por crime de falsa identidade. Ele segue preso.




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