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Maria pede tempo a Helder para analisar proposta de indicação de vice na chapa de Zé Maria Tapajós e desistir de candidatura à prefeitura de Santarém

Miguel Oliveira, editor - 07/03/2024

A deputada Maria do Carmo, ao desembarcar, em Santarém, nesta quarta-feira(6) - Créditos: Reprodução/Instagran

A deputada estadual Maria do Carmo(PT) foi recebida em audiência, na semana passada, pelo governador Helder Barbalho.

 

O assunto principal do encontro girou em torno da sucessão do prefeito Nélio Aguiar, aliado de primeira hora do governador do estado.

 

Helder, como já se sabe, definiu seu apoio a Zé Maria Tapajós, estando prevista para o dia 16 sua participação em ato do MDB para lançamento da candidatura do atual secretário regional de governo, que deixará o cargo no dia 5 de abril.

 

Durante a conversa, Helder revelou, pela primeira vez à ex-prefeita, que o MDB teria candidato majoritário em Santarém, e, segundo Maria, fez a proposta para que o PT indicasse o vice na chapa, tendo sugerido os nomes do vereador Carlos Martins e do secretário-adjunto de governo, Inácio Corrêa.

 

Mas, segundo o portal apurou, teria sido a própria deputada quem teria indicado, para vice, o nome de Carlos Martins, caso viesse a concordar com a proposta apresentada pelo governador.

 

Eu conversei com Maria do Carmo, nesta quarta-feira, logo após a deputada regressar a Santarém. Vamos ao que ele me afirmou:

 

1- Confirmou o encontro com Helder e a maioria das informações que o portal já havia colhido junto a uma fonte bem situada no Palácio dos Despachos, em Belém.

 

2- Quanto à proposta para retirada de sua candidatura à Prefeitura de Santarém, diz que apenas ouviu e nada respondeu naquele momento, argumentando que precisava realizar consultas junto à cúpula do PT, em Brasília, e a apoiadores tradicionais do partido, em Santarém.

 

3-Que não tomou a iniciativa de apresentar o nome de seu irmão Carlos Martins para a vaga de vice, o que segundo ela, foi sugestão do governador.

 

4-Que ainda não sabe quando voltará a conversar com o governador, e portanto, mantém sua pré-candidatura no cenário eleitoral de Santarém.

 

5- E por último, deixou claro que qualquer decisão que venha a tomar será precedida de uma consulta junto ao presidente Lula, que mantém com o governador Helder Barbalho uma aliança política sólida, inclusive, com a participação de Jader Filho no ministério das Cidades.

 

Se alguém me perguntar, hoje, sobre o futuro de Maria, apostaria que haverá uma composição com o MDB, uma acomodação até mais fácil a que será travada para acalmar importantes aliados do governador em Santarém, que demonstram desconforto com uma provável aliança com o PT, com receio de federalizar e polarizar a disputa com um candidato bolsonarista.

 

O prefeito Nélio Aguiar(União) e o ex-deputado Lira Maia e o deputado federal Henderson Pinto(MDB) já revelaram que preferem que o vice de Zé Maria seja de um partido de centro, embora também não haja consenso quanto ao nome. O prefeito tem sugerido dois nomes de secretários municipais, Emir Aguiar e Alberto Portela. Lira Maia, embora não confirme, torce para que o nome escolhido para vice seja, também, o de um integrante do secretariado de Nélio, mas do sexo feminino; a titular da Semed Maria José Maia.

 

O tão sonhado acordo MDB/PT só não aconteceria se o presidente Lula, ou a presidente do PT, Gleise Hoffman, bancassem uma candidatura praticamente solo, em Santarém, apostando na máquina federal que, por essas bandas, é incipiente.

 

Mas como em política no Brasil, manda quem pode, obedece quem tem juízo, não será surpresa se recomendações emanadas do Planalto e da Planície sejam acatadas, sem dissidências, após muito choro e ranger de dentes.

 

É esperar para ver.

 




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