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Iniciativa popular para limpeza de ruas divide moradores de bairro em Alter do Chão, que alegam que já pagam taxa de lixo

Portal OESTADONET, com informações de O Boto - 19/02/2024

Créditos: O Boto

 

Dezenas de moradores se mobilizaram, no último dia 6, para realizar um mutirão de limpeza no bairro União, no distrito de Alter do Chão, em Santarém, no oeste do Pará. A iniciativa partiu da associação de moradores e teve como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da destinação correta do lixo, além de tirar das ruas todo material nocivo ao meio ambiente, e que muitas vezes vai parar nos rios e igarapés da vila balneária. A administração distrital da vila também colaborou a recolheu todo lixo coletado pelos moradores. 

 

Leia matéria original no site de O BOTO. AQUI

 

A enfermeira Lorinete Trevisa se espantou com certas atitudes de moradores, especialmente depois que ela publicou um texto pedindo mais cuidado com o lixo: “O lixo espalhado contribui com muitas doenças. A dengue é só uma delas. As pessoas pegam dengue e depois vão pra frente do hospital reclamar. Umas tem razão, mas aqueles que não armazenam o próprio lixo, colocando só na hora do lixeiro passar, não sei se tem direito de reclamar. Infelizmente não fizeram e não estão fazendo sua parte!”.

 

Isso foi suficiente para gerar discussão entre os moradores do bairro.

 

Houe morador que rebateu a mensagem e tentou justificar que paga pela taxa de lixo e que não é sua responsabilidade, portanto, não participaria de mutirão ou qualquer outra ação em prol do bairro e da vila.

 

Segundo relatos reporoduzidos pelo jornal digital O Boto, "perguntaram se ela não tinha nada melhor a fazer. Explicaram para ela, que o problema com o lixo simplesmente era cultural!!!! Além disso, tem bastante morador que argumenta que se livra do problema do lixo de maneira elegante - pagando a taxa do lixo! Pagou, o problema não é mais dele".

 

A iniciativa partiu do presidente do bairro União, Marcos Mota e a professora de Gerontologia e enfermeira Lorinete Trevisan, nova moradora do bairro, ajudou na organização da ação, que mobilizou várias famílias. 

 

Além da coleta de lixo, eles retiraram o mato das ruas e separaram materiais que podem ser reaproveitados. 

 

Na travessa Secundino Sardinha, os moradores coletaram todo o plástico jogado ao longo da via pública. Foi repassada orientação às pessoas sobre os danos que o plástico causa ao meio ambiente e que é importante dar a destinação correta para esse tipo de material, que leva anos para se decompor e acaba prejudicando a saúde do planeta e afetando a vida das pessoas.

 

Os moradores também foram orientados a evitar queima de lixo, sobretudo de material plástico que libera toxinas que podem causar danos à saúde dos seres humanos. 

 

Mas a iniciativa dela acabou mobilizando e conscientizando mais pessoas sobre a importância da coleta seletiva e da destinação correta do lixo que é produzido pela população. 

 

E em tempos de aumento de casos de dengue, a melhor forma de evitar o surgimento da doença é evitando a proliferação do mosquito transmissor: o aedes aegypti. “Gente, vamos nos conscientizar. Lixo é feio. Lixo é nojento. Lixo adoece a população. Não adianta falar em preservar a Amazônia se o lixo é pior que o desmatamento“, escreveu a enfermeira.




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