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Agroecologia garante desenvolvimento com a floresta em pé

Portal OESTADONET - 24/11/2023

Extração de óleo vegetal - Créditos: Divulgação/Diego Formiga

Inserido na proposta da Organização das Nações Unidas (ONU) que estabeleceu o movimento global “Década de Restauração de Ecossistemas”, de 2021 a 2030, o projeto Florestas de Valor, do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), completa dez anos de atuação na Amazônia com resultados animadores. Segundo análise de custo-benefício do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), feita em 2021 com base em entrevistas dos beneficiários, de cada R$ 1,00 investido no programa, são gerados R$ 7,94 em valor socioambiental. Isto é, o impacto é quase oito vezes o valor investido.

 

“Nesses dez anos de atuação do Florestas de Valor na Amazônia, o programa deu um grande salto, passando de projeto para programa, e avançou na sua rede de financiadores e parcerias. Antes o financiamento era apenas da Petrobras e agora temos uma rede ampliada de novos financiadores e parceiros, além de atuarmos cada vez mais com mais famílias e comunidades”, destaca coordenadora de projetos do Imaflora, Celma de Oliveira.

 

Entre os desafios do projeto Florestas de Valor está o de tornar as práticas agroecológicas mais efetivas, com aumento da assistência técnica e extensão rural, por meio de parcerias. Muitas das cadeias, como o cumaru e a copaíba, estavam adormecidas. O produto saía da floresta para a fabricação de remédio e venda pontual. Para dar corpo à cadeia, o programa gerou mapas produtivos em terras quilombolas para que a comunidade pudesse identificar o potencial produtivo.

 

 


Produtos florestais/Diego Formiga

 

 

O aumento da remuneração dos extrativistas atrai investimentos, amplia o negócio e gera renda com a conservação da floresta, analisa o técnico.

 

O programa ajuda na conservação dos recursos naturais das áreas dos produtores familiares, comunidades tradicionais, assentados e quilombolas do norte do Pará, nos municípios de Alenquer e Oriximiná, e São Félix do Xingu, no sudeste do Estado. Os principais produtos  são a castanha-do-Brasil, óleo de copaíba, sementes de cumaru, pimenta em pó indígena, cacau e polpa de frutas. 




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