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Fumaça dá trégua e Santarém amanhece com céu claro neste sábado

Portal OESTADONET - 04/11/2023

À esquerda, Santarém neste sábado(4), e à direta, a cidade encoberta por fumaça, dia 2 - Créditos: Darlinson Maia

Após três dias seguidos encoberta por densa nuvem de fumaça provocada por queimadas em diversas regiões do estado, a cidade de Santarém amanheceu neste sábado(4) com céu claro, ventos moderados e boa visibilidade. Em comparação aos dias anteriores, o cenário é muito diferente, como mostram as imagens coletadas no dia dois de novembro e neste dia quatro de novembro.

 

 


Santarém, 4 de novembro de 2023, às 08h30.

 

 

De acordo com imagens do satélite NOOA, da Agência Espacial Norte-Americana(NASA), embora os focos de calor registrados na zona urbana de Santarém fossem praticamente inexistentes, ainda havia uma concentração de fogo no município de Mojui dos Campos e nos limites de Uruará, na Br 230, com Santarém. Nesta manhã, os focos de calor em Mojuí dos Campos são raros, mas o satélite registra ocorrência de  queimadas na região de Ponta de Pedras, no limite da APA Alter do Chão.

 

 

 

 

No comparativo com as imagens feitas há cerca de sete dias, era possível ver uma quantidade bem maior e impressionante de focos de queimadas em toda a Região Metropolitana de Santarém. Havia focos na área da Reserva Tapajós Arapiuns (Resex) e na Floresta Nacional do Tapajós (Flona Tapajós), bem como às margens da BR-163.

 

Nas últimas 24 horas, os focos de incêndios reduziram para alívio das comunidades que vivem nas áreas que passaram os últimos dias em chama. A redução desses focos se deve muito graças ao trabalho desenvolvido pelas equipes de brigadistas do ICMBio e Corpo de Bombeiros, com a ajuda de voluntários das comunidades localidades nas áreas protegidas e unidades de conservação e nos territórios indígenas. A união de esforços tem sido fato determinante para o controle do fogo nessas localidades.

 

 


Santarém, 4 de novembro de 2023, às 08h45.

 

 

Nesta sexta-feira (3), o Ministério Público Federal (MPF), cobrou de órgãos de fiscalização ambiental respostas urgentes sobre a estrutura existente para o combate a incêndios florestais na região oeste do Pará. Os questionamentos foram motivados pela ocorrência de uma nuvem de fumaça que encobriu Santarém na quinta-feira (2).

 

Apesar da cobrança, vale destacar o que pontuou o professor Lucas Peres, da Universidade Federal do Oeste do Pará lotado no Instituto de Engenharia e Geociências (IEG) e docente do curso de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), sobre a origem da fumaça na região. 

 

Segundo ele, parte da fumaça que cobre o céu de Santarém é trazida pelos ventos de queimadas realizadas em outras regiões do estado. “Dá para ver que em si, próximo de Santarém, há bem menos focos de queimada do que nessas outras regiões”, destaca o professor na quinta-feira.




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