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Nível do rio Tapajós já subiu 35 cm em 6 dias, mas 'repiquete' ainda pode ocorrer; rio Amazonas parou de vazar

Portal OESTADONET - 31/10/2023

Imagens mostram a orla de Santarém e comunidades da região de várzea do rio Amazonas, nesta terça-feira(31) - Créditos: Ney Imbiriba e Darlan Silva Pereira

Medição da régua fluviométrica da Agência Nacional de Águas (ANA), instalada no cais da Companhia Docas do Pará, feita no período de 26 a 31 de outubro, revela que o nível do rio Tapajós subiu 35 centímetros, em Santarém, na região do Baixo Amazonas, Oeste do Pará.

 

Pela régua da ANA, no dia 26, a medição estava em 18 cm. Nesta terça-feira(31), o nível do Tapajós chegou a 53 cm.

 

No estado do Amazonas, após Manaus registrar a maior vazante da história, o Rio Negro voltou a encher, de acordo com medição oficial do Porto de Manaus. Nos últimos três dias, o rio subiu 17 centímetros.

 

A subida dos rios já foi notada também em alguns municípios da região. Em Oriximiná, o nível do Rio Trombetas chegou a ficar 72 centímetros abaixo de zero, no último domingo (29). Houve aumento de 24 centímetros de cheia, segundo a Defesa Civil do município. 

 

Em Óbidos, o nível do rio Amazonas está em menos 50 centímetros, de acordo com dados da defesa civil municipal.

 

Santarém, no entanto, é banhada por dois principais rios, o Tapajós e o Amazonas, que têm fatores diversos que influenciam seus regimes fluviais.

 

O processo de estabilização dos níveis do rio Amazonas está relacionado às chuvas nos Andes e na região amazônica, que estão com tendência de aumentar segundo prognósticos climáticos.

 

Na comunidade de Piracãoera de Cima, região de várzea no rio Amazonas, em Santarém, moradores já notam o fenômeno chamado "maré".

 

 


Barranco à beira do rio Amazonas, em Piracãoera de Cima

 

 

Segundo Darlan Silva Pereira, morador da comunidade, o rio sobe um pouco, desde a semana passada, vaza em seguida, mas não retorna ao nível anterior. Os ribeirinhos vêem com isso um sinal de que a enchente propriamente dita está prestes a começar. 

 

Enchente e vazante do rio Tapajós são provocadas pelos períodos chuvoso e seco na região do Mato Grosso.

 

Não há medição oficial do nível do rio Amazonas, em Santarém.

 

A enchente desde ano em Santarém dá sinais que já se acelerou no rio Tapajós, embora possa ocorrer o fenômeno do 'repiquete', que é a subida repentina do nível do rio para posterior vazante, outra vez. Se o fenômeno não ocorrer, uma das maiores estiagens da Amazônia terá chegado ao fim.

 

A subida das águas é alívio para as centenas de famílias ribeirinhas e da várzea que sofrem com a escassez de água potável, alimentos e condições impróprias para a pesca e o transporte fluvial.

 

Acompanhe a evolução da subida do nível do rio Tapajós:
 

Dia 26 - 18 cm

Dia 27 - 25 cm

Dia 28 - 30 cm

Dia 29 - 39 cm

Dia 30 - 48 cm

Dia 31 - 53 cm

 

 

Prefeitura de Santarém envia motobombas, mangueiras e caixas d’água para comunidades da região de várzea atingidas pela forte estiagem

 

 

 

 

A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap), realizou no último fim de semana, a entrega de motobombas, mangueiras e caixas d’água a comunidades das regiões do Tapará, Aritapera e Urucurituba, afetadas pela falta d´agua em razão da forte estiagem.  

 

A medida faz parte do plano de ação emergencial do município, instituído pelo prefeito Nélio Aguiar, para o enfrentamento dos efeitos ocasionados pela seca que, este ano, tem sido mais severa e já é considerada uma das maiores dos últimos 15 anos.

 

Os equipamentos foram entregues às localidades que tiveram processo de situação de emergência homologado junto à Defesa Civil Municipal. Neste primeiro momento, a ajuda humanitária contemplou 18 comunidades. O objetivo é ampliar a capacidade de enfrentamento e proporcionar uma resposta mais rápida para as famílias atingidas.

 

 

 




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