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Investigador que obrigou preso a trabalhar como coveiro em Prainha(PA) é denunciado ao MP e vai responder a processo administrativo

Portal OESTADONET - 20/04/2023

Imagem ilustrativa - Créditos: Simulação de abertura de cova em cemitério

A Corregedoria Geral da Polícia Civil do Estado do Pará instaurou a abertura de um processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do investigador Iverson Leandro da Silva Lisboa, responsável pela unidade de Polícia Civil do município de Prainha, no oeste do Pará, que teria obrigado um preso a abrir uma cova para o sepultamento de um corpo encontrado pela polícia. O caso foi denunciado à Promotoria de Justiça de Prainha. 

 

Esse fato teria ocorrido em 2021. O MP instaurou uma Notícia de Fato para apurar a denúncia feita pela senhora Clarice Rodrigues da Silva. Ela informou à Promotoria de Justiça, que o seu irmão, Marcelo Rodrigues da Silva, desapareceu no dia 1º de maio de 2021. No dia 23 do mesmo mês, naquele ano, foi encontrado um corpo, que provavelmente seria de seu irmão, já que não havia informações de desaparecimento de outras pessoas naquela região.

 

O MP solicitou à Polícia Civil que apurasse as circunstâncias do cadáver encontrado na comunidade de Vista Alegre do Capim. 

 

A partir da descoberta dos restos mortais desse desconhecido, a Promotoria de Justiça tomou conhecimento de que um custodiado que se encontrava na unidade de Polícia Civil de Prainha, teria sido constrangido a abrir uma cova para o sepultamento do corpo encontrado na comunidade de Vista Alegre do Capim.

 

O MP ouviu o preso Elnatã dos Santos Viegas que confirmou que foi obrigado a realizar serviços típicos de coveiro. A PJP instaurou um procedimento investigatório criminal contra o investigador Iverson Leandro da Silva Lisboa com o objetivo de apurar os fatos, já que ele era o responsável pela unidade da polícia judiciária em Prainha.

 

Esta semana, no último dia 18, por ordem do delegado geral da Polícia Civil, Walter Resende de Almeida, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), a portaria informando a instauração do processo administrativo disciplinar contra o policial. 

 

A publicação destaca que os fatos constantes nos autos do inquérito policial, atribuídos ao servidor, ensejam a necessidade de apurar a prática de conduta que, em tese, configura ilícito administrativo. 

 

A comissão processante tem prazo de 60 dias para apurar as acusações contra o acusado.




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