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Ocupação irregular nas nascentes dos igarapés Urumari e Irurá preocupa órgão ambiental em Santarém

Portal OESTADONET, com informações da PMS - 08/03/2023

As casas ficam às margens do igarapé. Muitas correm riscos de alagamentos e desabamentos. - Créditos: Divulgação/PMS

Com o objetivo de mapear as famílias que residem dentro das Áreas de Proteção Permanente (APP), no município de Santarém, no oeste do Pará, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) está percorrendo às margens dos igarapés do Urumari e Iruará para fazer um levantamento dessas pessoas que moram próximo às nascentes. 

 

Equipes da Semma vão percorrer 14 bairros que estão localizados dentro dessas áreas ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água. Além de estarem expostas em locais de riscos, seja por enchente, inundações ou contato com animais silvestres, peçonhentos e até contaminação com a água, elas também impõem riscos ao meio ambiente, já que muitas delas acabam jogando lixo nos igarapés e aumentando as chances de contaminação do solo. 

 

A Semma pretende concluir o levantamento das famílias em 30 dias. O trabalho começou há cerca de uma semana. Após isso, um outro grupo será criado para estudar as possíveis soluções, ajustes e melhorias na qualidade de vida da população dessas áreas. Cerca de 10 pessoas atuam na pesquisa cujos alvos serão os bairros: Urumari, Uruará, Área Verde, Santo André, Jutaí, São José, Ipanema, Diamantino, Mararu, Maicá, Pérola do Maicá, Santana, Vigia e Interventoria.

 

Thainá Cunha, chefe do Monitoramento Ambiental da Semma, explica que a intenção é descobrir a quais riscos essas pessoas que residem às margens de igarapés estão expostas. “Porque a maioria deles não têm nem rede da Cosanpa, então eles perfuram poço ou utilizam a água do igarapé, só que todas as águas servidas das casas que a gente visitou, toda a tubulação, vai para o igarapé. Eles não têm fossas, sumidouros, e há ainda a contaminação que vem por resíduo sólido, lixo comum, que as pessoas jogam no igarapé e acaba havendo essa contaminação”, explicou.

 

Áreas de Preservação Permanente (APP) são protegidas pela Lei 12.651/2012 e dispõe do cuidado com áreas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Essas áreas estão localizadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água.

 

O secretário de Meio Ambiente de Santarém, João Paiva, pontuou que a maioria dessas casas localizadas próximas a igarapés correm riscos de alagamentos e desabamentos. “Tem áreas que são totalmente vegetadas, tem casas isoladas e tem áreas urbanizadas, muitas casas em um quarteirão só, então é um trabalho bem minucioso que vai possibilitar que atitudes sejam tomadas para diminuir os riscos que correm a população daquelas áreas. Vale ressaltar que a ideia é só fazer um levantamento, não estamos lá para licenciar ou fiscalizar", esclareceu.




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