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UFOPA vai ofertar, em convênio com INCRA, curso de graduação em engenharia sanitária e ambiental para estudantes de assentamentos e quilombolas

Portal OESTADONET - 24/12/2022

Créditos: Imagem ilustrativa

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) celebraram sexta-feira (23) um convênio para a implantação do curso de graduação em engenharia sanitária e ambiental. A iniciativa vai beneficiar alunos de comunidades de áreas de assentamentos e territórios quilombolas do município de Santarém, no oeste do Pará, e do Baixo Amazonas. A parceria entre UFOPA e INCRA foi firmada por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

 

A previsão é que o processo seletivo para o novo curso seja lançado ainda no início de 2023 e deverá ofertar vagas para o campus de Santarém e os campi regionais localizados nos municípios de Alenquer, Juruti, Óbidos, Monte Alegre, Oriximiná e Itaituba. 

 

A informação compartilhada nas redes sociais foi bastante comemorada pelo meio acadêmico, sobretudo pelos estudantes que residem no campo, nas áreas de assentamentos e nas comunidades remanescentes de quilombos. 

 

Quem também vibrou bastante com o convênio firmado entre UFOPA e INCRA foi a promotora de Justiça, Lílian Regina Furtado Braga, coordenadora do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac), do Ministério Público do Pará.

 

Segundo ela, o novo curso irá beneficiar os clientes da reforma agrária, os filhos de trabalhadores rurais e remanescentes de quilombos da região, que desejarem fazer o curso. “É uma grande conquista para as populações do campo, da floresta, das águas e quilombolas, porque há muito tempo a instituição vinha tentando trazer curso, através do Pronera, que é uma política de educação do campo”, comemorou a promotora. 

 

Lílian Braga vem acompanhando as discussões do Pronera na região há algum tempo e conhece bem a necessidade da oferta de cursos voltados para os povos tradicionais. 

 

Ela explica que não haverá vagas por meio de cotas, já que o curso é reservado especificamente para os estudantes rurais e quilombolas que desejarem ingressar na vida acadêmica. 

 

“É mais uma política de educação do campo sendo ampliada para garantir o ensino de qualidade às populações tradicionais”, completou.




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