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Acampamentos nos quarteis: até quando?

Lúcio Flávio Pinto - 13/12/2022

As autoridades de segurança do Distrito Federal garantem que pelo menos parte dos manifestantes que depredaram ônibus e carros, ontem, depois da prisão de um cacique bolsonarista, estavam acampados em frente ao QG do exército. Como a área é militar, nem a polícia militar nem a civil podem ali atuar. Seria como se os bolsonaristas estivessem na área de uma embaixada, que é território internacional.

 

Os atos violentos de ontem, que podem se repetir até a diplomação de Lula, no dia 1º, exigem do comandante do exército uma explicação.

 

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Se ele vai permitir a permanência dos acampamentos formados por pessoas que não aceitam o resultado das eleições de outubro e se mantêm há três meses na área dos quarteis, então ele estará, no mínimo, tolerando as iniciativas criminosas que forem cometidas.

 

Pode ser responsabilizado pelos efeitos de ataques que eventualmente vierem a ser praticados, como em Brasília, indo além dos protestos pacíficos, mesmo que anticonstitucionais e antidemocráticos.

 

Durante a ditadura, a circulação nesses locais era severamente controlada, inclusive sobre as pessoas que apenas circulavam com um destino definido além dos quarteis. Mesmo hoje, quando quer, o exército (e as demais forças armadas) garante a segurança das áreas de circulação restrita, como na Vila Militar. É o lugar mais seguro do Rio de Janeiro. Por que não é assim onde estão os acampamentos bolsonaristas?




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