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Naufrágio de balsa em Monte Alegre: Semma emite relatório e constata danos ambientais 

Portal OESTADONET - 23/09/2022

Equipe da SEMMA de Monte Alegre em Cuieiras - Créditos: Reprpdução/SEMMA

A Secretaria de Meio Ambiente (Semma), do município de Monte Alegre, no oeste do Pará, divulgou nesta quinta-feira (22), o relatório da vistoria técnica realizada para apurar possíveis danos ambientais causados com o naufrágio de uma balsa que transporta combustível. O naufrágio ocorreu por volta das 16 horas do último dia 16. O documento aponta danos ao ecossistema com riscos à vida aquática e também à saúde humana. 

 

A balsa MG saiu de Santarém no dia 16 de setembro com destino a Belém. A embarcação, no entanto, naufragou quando chegou à Costa do Amazonas, mais precisamente em frente a comunidade de Cuieiras, a cerca de 3 km acima da “boca” do Igarapé do Lago Grande. 

 

De acordo com o relatório, a equipe da Semma, formada por uma engenheira ambiental, dois biólogos, um técnico de meio ambiente, um fiscal ambiental e o secretário de Meio Ambiente, chegou ao local do naufrágio no dia 19 de setembro. O objetivo da visita “in loco” era investigar o ocorrido e tentar identificar os possíveis danos ambientais causados pelo vazamento de óleo na água em decorrência do naufrágio da balsa MG. 

 

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A equipe fez registros fotográficos, conversou com moradores e coletou amostras para exames. Segundo o relatório, o vazamento de óleo da balsa acabou contaminando a água do Igarapé do Lago Grande, devido a esses resíduos oleosos serem arrastados pela correnteza da água e, dessa forma, adentrando no manancial.

 

“Os danos ambientais causados pelo vazamento de óleo tornaram a água imprópria para o consumo e uso humano e animal. Também é importante destacar que esse incidente afetou diretamente a fauna aquática, sobretudo, os peixes ao entrarem em contado com o óleo, podem ser contaminados, o que pode colocar em risco a saúde das pessoas que consomem esses organismos. Além disso, ressalta-se que no local, durante a da equipe técnica foi possível sentir forte odor dos resíduos de óleo diesel na margem do rio”, destaca o documento.

 

 

 

 

O documento informa ainda que o óleo forma uma película sobre a água que pode resultar na diminuição dos níveis de oxigênio e iluminação, afetando o comportamento de organismos que são a base da cadeia alimentar da comunidade, além de contaminar diversas espécies da fauna.

 

Os técnicos constataram que o resíduo foi rapidamente dissipado pela correnteza do rio, o que dificultou uma melhor análise do cenário. “No entanto, o impacto gerado ao ecossistema oferece riscos à vida aquática e também a saúde humana, pois o a comunidade local é dependente desses recursos para sua subsistência, tanto para alimentação e dessedentação humana e animal. Devido a esse incidente, a água tornou-se imprópria para consumo humano”, afirma o relatório.

 

Como medida de abastecimento da comunidade, a Prefeitura de Monte Alegre começou a distribuição de 90 garrafões de água potável, para cerca das 50 famílias que estão sendo afetadas.

 

“No momento da vistoria, não foi possível identificar o responsável pela embarcação, sendo constatado apenas as letras MG gravadas na balsa que estava parcialmente submersa”, conclui o relatório.




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