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Antropólogo bolsonarista é preso novamente ao tentar impedir ação de fiscalização ambiental em Altamira

Portal OESTADONET - 25/03/2022

Antropólogo Edward Luz - Créditos: Arquivo/Portal OESTADONET

O antropólogo e militante bolsonarista Edward Luz foi detido nesta sexta-feira(25) ao tentar impedir uma fiscalização do Ibama na região de Altamira, no estado do Pará (PA). A informação foi apurada pelo Portal OESTADONET. Alegando normas de procedimento, a delegacia da Policia Federal naquele município não confirmou o nome do preso, limitando-se a informar que " uma pessoa tinha sido presa em flagrante e depois liberada". Luz já havia sido detido em 2020, ao criar embaraços aos fiscais ambientais que realizavam uma operação na Terra Indígena Ituna Itatá, também em Altamira.

 

Nesta sexta-feira, Edward Luz tentou impedir novamente uma ação de fiscalização em uma área próxima ao aeroporto de Altamira. O antropólogo foi levado para a delegacia da PF, prestou depoimento e foi liberado após o pagamento de fiança.

 

Há dois anos, os agentes do Ibama estavam em um procedimento de retirada do gado da terra indígena quando Luz apareceu. Gravando a abordagem com seu próprio celular, ele diz que estava no local “para fazer cumprir a ordem ministerial, do senhor ministro Ricardo Salles, após reunião em Brasília onde ficou acordado que nenhum patrimônio de população em situação de fragilidade será destruído”.

 

Atualização

 

Em nota, emitida às 18h00, a Policia Federal informou  que "nesta tarde, um dos manifestantes foi detido pelo IBAMA e Força Nacional e encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Altamira acusado de obstruir as ações de fiscalização. Segundo eles, os manifestantes impediram a passagem das equipes do IBAMA ao aeroporto de Altamira, onde estavam as aeronaves."

 

Diz o texto que "a pessoa que se identificou como líder do grupo de manifestantes foi conduzido à Delegacia da PF e foi autuado em flagrante - Art. 69 da Lei nº 9.605/98 por obstruir ou dificultar a ação fiscalizatória do Poder Público no trato de questões ambientais (Pena - detenção, de um a três anos, e multa.). O autuado foi posto em liberdade provisória mediante fiança arbitrada pela autoridade policial e deverá responder ao processo na Justiça Federal."




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