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A destruição do mogno

Lúcio Flávio Pinto - 13/02/2022

Em agosto de 1993, o Ibama autuou em flagrante as madeireiras C & C Indústria e Comércio, estabelecida em Belém, e Ferreira Madeiras e Desmatamento, de São Félix do Xingu, por extraírem ilegalmente mogno em áreas protegidas em São Félix, no Pará. Na ocasião, foram apreendidas 5.400 toras de mogno cortadas pelas duas empresas, de um mesmo proprietário.

 

Mas a C & C conseguiu, através de liminar concedida pela 3ª vara federal de Curitiba, no Paraná, autorização para exportar quatro mil metros cúbicos de madeira, principalmente para a Trade Link Wood Products, da Inglaterra, mesmo tendo tido sua licença de exportação suspensa pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

 

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Lê-se hoje uma notícia dessas com o coração partido.

 

Um único dono de madeireira cortou 5,4 mil árvores de mogno. Admitindo-se que uma árvore tenha um metro cúbico de madeira e o preço desse metro cúbico seja de 2,5 mil reais, são quase 130 milhões de reais de uma árvore que se tornou rara pela devastação que sofreu.

 

A C&C não existe mais. Porém a Ferreira Madeiras e Desmatamento continua em atividade, agora com sede em Redenção.




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