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Nova indústria de alumínio no Pará

Lúcio Flávio Pinto - 22/12/2021

O grupo Ibrap (Indústria Brasileira de Alumínio e Plástico), de Santa Catarina, quer instalar duas fábricas no Pará, que beneficiariam parte da produção de alumínio bruto. Para isso, assinou um protocolo de intenções, com duração inicial de 20 anos. Através dele, órgãos da administração estadual, dentre outros compromissos, intermediariam a negociação para o fornecimento de alumínio líquido da Hydro, a multinacional norueguesa proprietária da Albrás, em Barcarena. A empresa já fornece alumínio primário líquido à Alubar, de um grupo argentino, também em Barcarena.

 

Especializada em produção de perfil de alumínio e em produtos para a construção civil, a Ibraco pretende investir 80 milhões de reais instalação das unidades de transformação de produtos semimanufaturados e manufaturados de alumínio e complementos. Em Barcarena ficariam duas unidades, uma delas para a fabricação de tarugo em alumínio, e a outra de perfis em alumínio e processos de tratamento de superfície em perfis de alumínio.

 

Em Santa Izabel do Pará, próxima ao presídio de Americano, ficaria a fábrica de esquadrias em alumínio e outros produtos destinados à construção civil. Um novo distrito industrial seria criado no município, no para que a empresa utilizasse a mão de obra carcerária no processo de produção. No total, a indústria criará 700 empregos diretos.

 

De acordo com o protocolo, o governo se comprometerá a solicitar ao grupo Hydro cota de alumínio líquido, que começará com 14,4 mil tonelada no primeiro ano, chegando a 24 mil toneladas no 5º ano. A produção da Albrás é de 450 mil toneladas de alumínio metálico.

 

O governo irá também “regular a negociação junto ao grupo Hydro o valor do prêmio de alumínio líquido em dólar por tonelada, conforme os valores negociados com empresas que utilizam dessa modalidade de fornecimento dentro do Estado”.

 

O governo também dará prioridade à avaliação da concessão de incentivos fiscais estaduais à empresa, apoiando-a na obtenção do licenciamento ambiental dos empreendimentos e a emissão das licenças ambientais necessárias aos projetos.

 

A secretaria de Administração Penitenciária se comprometeu a “apoiar na disponibilidade de mão de obra do sistema prisional e também promover sistemas de proteção para uma rápida reposição da função de trabalho executada por reeducandos por motivos não intencionais da empresa”. Irá também atuar para que o Ministério Público “seja um facilitador para atuação nos trabalhos de manufatura com mão de obra prisional”.




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