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Instituto Evandro Chagas identifica casos da nova variante do Amazonas de SARS-CoV-2 em Santarém

Portal OESTADONET - 29/01/2021

O Instituto Evandro Chagas/SVS/MS juntamente com a Secretaria de Saúde Pública do Pará confirma os dois primeiros casos da nova variante do Amazonas, no Estado.

 

A confirmação foi feita pelo Laboratório de Vírus Respiratórios do Instituto Evandro Chagasa partir de amostras notificadas pelo Município de Santarém e encaminhadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Pará.

 

O Laboratório de Vírus Respiratórios do Instituto Evandro Chagaséum dos três Centros Nacionais de Referência (CNR) junto a Rede do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, assim sendo, desenvolve entre outras atividades, a vigilância genômica de cepas de SARS-CoV-2 circulantes no Brasil.

 

A nova variante de SARS-CoV-2, denominada de P1, teve sua primeira descrição feita em dezembro de 2020 em pacientes recém-chegados ao Japão de uma viagem a Manaus -Amazonas e atualmente sua circulação tem sido descrita em outros países ao redor do mundo. No Estado do Pará a Variante P1 foi identificada em dois casos, são eles: um homem de 58 anos e uma mulher de 26 anos de idade, residentes no município de Santarém.

 

O indivíduo do sexo masculino teve contato com sua irmã que reside na cidade deManause veio para a cidade de Santarémno dia 31 de dezembro de 2020 para as festas de final de ano, esta teve seu diagnóstico de COVID-19 no seu retorno à Capital Amazonense. Já a paciente do sexo feminino refere não ter histórico de viagem para o Amazonas, nem contato próximo com viajantes oriundos desse estado.

 

A confirmação da infecção pela nova variante foi feita por sequenciamento do genoma viral isolado a partir das amostras de secreção respiratória coletadas destespacientes. As cepas de SARS-CoV-2identificadas no Estado do Parámostram-se semelhantes as da linhagem P1, apresentado, desta forma, alteraçõesnas posições 484 e 501 daproteína Spike.

 

Estudos conduzidos no Reino Unido e na África doSul têm sugerido que estas alterações podem estar associadas a um maior potencial de transmissão desta variante. Entretanto investigações ainda precisam ser conduzidas para comprovar que esta variante seja mais virulenta em comparação a outras previamente identificadas no Brasil e no. Vale ressaltar que até o momento todos os casos da variante P1 descritos no Brasil e em outras partes do mundo têm histórico de viagem ou residência na cidade de Manaus, com exceção do caso da paciente dosexo feminino aqui reportado, configurando-se assim na descrição do primeiro caso autóctone desta variante no Estado do Pará.




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