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Bolsonaro tem “estupidez assassina” e Pazuello é “fantoche apalermado”, diz Folha em editorial

Poder 360 - 13/12/2020

Bolsonaro no Planalto em cerimônia de inauguração de exposição do terno que usou em sua posse - Créditos: Sérgio Lima/Poder360 - 07.dez.2020

O jornal Folha de S.Paulo publicou um editorial em sua edição deste domingo (13.dez.2020) no qual cobra do governo federal providências para vacinação de toda a população.

 

Com o título “Vacinação já”, o texto afirma que “passou de todos os limites a estupidez assassina do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus”. Para a Folha“é hora de deixar de lado a irresponsabilidade delinquente, de ao menos fingir capacidade e maturidade para liderar a nação de 212 milhões de habitantes num momento dramático da sua trajetória coletiva”. Em tom exaltado, cobra: “Chega de molecagens com a vacina!”.

 

Folha diz que Bolsonaro está “cego por sua ambição política e com olhos apenas em 2022” e “não percebe que o ciclo vicioso da economia prejudica inclusive seus próprios planos eleitorais”.

 

O jornal afirma que o presidente se engajou numa “cruzada irresponsável contra o governador João Doria esbulhou a confiança dos brasileiros na vacina”. Cita uma pesquisa que fez por telefone, por meio de sua empresa Datafolha, mostrando que apenas 73% dizem ter confiança para tomar alguma vacina contra a covid-19, doença que já matou mais de 180 mil pessoas no Brasil

 

A tendência de menos brasileiros estarem confiantes na vacina já havia sido antecipada pelo PoderData, numa pesquisa mais ampla (2.500 entrevistas contra 2.016 do Datafolha) realizada de 23 a 25 de novembro de 2020. Apenas 67% afirmaram ter interesse no imunizante.

 

Entre outros termos usados para classificar o presidente da República, o jornal usa “sabotador”, afirma que Bolsonaro é protagonista de um “descaso homicida” e afirma que ele tem ao seu lado um “círculo de patifes”.

 

O ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, é chamado de “fantoche apalermado” que teria ajudado a produzir um “curto-circuito numa máquina acostumada a planejar e executar algumas das maiores campanhas de vacinação do planeta”.

 

“Não faltarão meios jurídicos e políticos de obrigar Bolsonaro e seu círculo de patifes a adquirir, produzir e distribuir a máxima quantidade de vacinas eficazes no menor lapso temporal”, diz o jornal paulista.




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