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Radicalidade e Violência como vetores das Manifestações

28/06/2013

As manifestações que estão em curso pelo Brasil estão cumprindo um importante papel no sentido de despertar varias pessoas para a força da reivindicação coletiva.

A maioria dos manifestantes é constituída de jovens, sem filiação partidária. Mas isto não quer dizer que seja esta a "cara" ou a origem do movimento. Nenhum episódio desta dimensão inicia do nada, sem um impulso, sem uma organização e sem uma direção almejada.

No principio destas movimentações o movimento pelo passe livre teve papel decisivo. E não se trata de um grupo apolitico e nem necessariamente ordeiro como alguns desejam que fossem. Eles entendem que conquista é fruto da luta, e que historicamente isto tem se revestido de confrontos, não só de idéias, mas também físico. E em ambos se faz presente a violência.

Governos que negligenciam em suas tarefas, praticam a corrupção e não promovem melhorias sociais cometem violência. E contra eles se insurgem todos aqueles que assumem uma posição radical de compreensão da realidade em sintonia com os versos da canção de Geraldo Vandré que embalou a resistência ao Regime Militar de 1964: Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Mas a violência e a radicalidade as quais estou me referindo não tem nada a ver com banditismo e intransigência. No próximo artigo, vou explorar um pouco mais estes conceitos e seus desdobramentos.




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