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Bolsonaristas contra Helder Barbalho

Lúcio Flávio Pinto - 12/04/2020

O Estado de S. Paulo checou boatos disseminados em perfis bolsonaristas na internet sobre o uso de presidiários pelo governo do Pará e concluiu que são distorções da ação de combate ao coronavírus no Estado. Significa que a turma do presidente Bolsonaro considera Helder Barbalho especificamente como inimigo ou ele faz parte da turma de governadores e prefeitos que os bolsonaristas hostilizam por se recusarem a seguir as ordens do presidente para quebrar o isolamento social e antecipar a volta à atividade econômica?

 

Em ação de combate à disseminação do novo coronavírus, 30 detentos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Pará pintaram marcações no chão de pontos de ônibus da Região Metropolitana de Belém para determinar distâncias de 1 metro. O objetivo é orientar as pessoas a se manterem afastadas, de maneira a evitar aglomerações e, dessa forma, prevenir o contágio. Nas redes sociais, no entanto, a iniciativa foi distorcida por perfis bolsonaristas, que passaram a divulgar que os presos vigiariam as pessoas nos pontos de ônibus paraenses.

 

Os posts enganosos reproduzem um vídeo em que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), fala sobre essa ação. Ele diz o seguinte: “Nós estaremos com os presos fazendo marcações das paradas de ônibus da região metropolitana. Vamos botar essa turma para trabalhar e ajudar nesse momento. Portanto, os presos estarão trabalhando na marcação das paradas de ônibus para orientar a população e, com isso, evitar aglomeração, com essa distância de 1 metro para cada cidadão que esteja nas paradas.”

 

No Twitter, o perfil de Helder Barbalho respondeu às contas que republicaram o vídeo. “Fake news é crime”, publicou a conta do governador. “Os detentos estão trabalhando para demarcar espaços de distanciamento social nas paradas de ônibus de Belém e não para vigiar as pessoas”.

 

Diversos perfis bolsonaristas no Twitter divulgaram o boato de que o governo do Pará colocaria presos para vigiar as paradas de ônibus, entre eles o do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), do deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP) e da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que apagou o post. O vídeo de Barbalho também foi compartilhado no Facebook.




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