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Por coronavírus, governadores da Amazônia Legal pedem a Bolsonaro mil leitos de UTI

O Globo - 13/03/2020

Helder Barbalho fala durante Fórum Infraestrutura Regional – Edição Norte, em Belém -

BRASÍLIA — Os governadores da Amazônia Legal divulgaram na noite de quinta-feira uma carta pública em que pedem aporte do governo Jair Bolsonaro para custear ações emergenciais de combate ao novo coronavírus, entre as quais a instalação de mil leitos de UTI nos estados que compõem o consórcio interestadual.

 

"Ante o cenário de emergência sanitária, manifestamos nossa preocupação com advento do coronavírus (Covid-19), com suas potenciais consequências para a saúde da população", escreveram os governantes da região.

 

"Frisamos a necessidade de ampliar a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde e pleiteamos do governo federal o imediato aporte dos recursos para o custeio das ações emergenciais, a habilitação e imediata instalação adicional de 1.000 leitos de UTI para reforço da rede de cuidados intensivos", completa a carta.

 

Os chefes dos Executivos do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão se reuniram em Belém para discutir ações conjuntas nas áreas de saúde, educação, segurança e meio ambiente.

 

— Não podemos aguardar uma saturação da disponibilidade de leitos para correr atrás disse — disse ao GLOBO o anfitrião do encontro e governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

 

De acordo com Barbalho, a solicitação ao governo federal é uma ação preventiva, uma vez que na Amazônia Legal ainda não há casos confirmados da doença.

 

O encontro aconteceu no momento em que começam a subir o número de casos confirmados do novo coronavírus no país. Na última quinta-feira, o Brasil ultrapassou a marca de 100 casos. Durante a tarde, o Ministério da Saúde informou que havia 77 casos cujo diagnóstico era positivo.

 

Ontem à noite, no entanto, o Hospital Albert Einstein informou que mais 55 pacientes tiveram o resultado positivo no exame para a Covid-19. Outros casos foram relatados pelas Secretarias estaduais de Saúde. Ao total, o Brasil tem 136 casos confirmados e um aguarda contraprova.




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