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Exportações brasileiras dependem de China e EUA

Lúcio Flávio Pinto - 28/12/2019

Mesmo que o acordo ainda seja parcial e um tanto imprevisível, o entendimento comercial que China e Estados Unidos conseguiram finalizar tem um prejudicado certo: o Brasil. As exportações brasileiras são dependentes tanto dos chineses quanto dos americanos. A reserva de mercado que a China ofereceu à agricultura americana vai atingir principalmente a soja brasileira. E sofrerá um novo golpe no próprio mercado americano, com as vendas crescentes de soja dos EUA para a China.

 

 

O Brasil exportou quase 58 bilhões de dólares para a China neste ano, até novembro, com um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2018. A soja responde por um terço desse valor, proporção semelhante no comércio exterior americano, que estava travado pelas sanções chinesas, agora desbloqueadas.

 

 

Se a composição de interesses China/EUA se ampliar, atingirá também as exportações de minério de ferro, que têm sua principal base em Carajás, no Pará.

 

 

Um momento difícil, mas oportuno para o Brasil se empenhar em diversificar a sua pauta, indo além das matérias primas, para isso aproveitando os ganhos com a valorização do dólar em relação ao real, e procurando novos parceiros, para isso tirando da diplomacia os sacerdotes da visão unilateral e da miopia política. Ou o Brasil se torna realmente grande, ou vai penar muito em 2010 – e depois.




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