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Segurem Bolsonaro
Enquanto dirigia seus absurdos para o mercado interno, Bolsonaro ia levando. Ao disparar contra alvos espalhados pelo mundo, exibe sua estatura liliputiana, sua linguagem de internauta que não está nem aí para a verdade e o interlocutor. Agora, afunda o conceito do Brasil no mundo, cria problemas diplomáticos e econômicos graves, e nos envergonha como nenhum outro presidente antes dele. Ou qualquer outra autoridade da república.
Se Bolsonaro acha que pode sair atirando a esmo, como se ainda estivesse apenas diante de uma tela de computador, depois de voltar da praia da Barra, saindo de bermudão e chinelão da sua casa em condomínio fechado para nadar ou pescar, beber cerveja e fazer churrasco; ou metendo seu bedelho nos debates parlamentares para agredir os oradores ou desafetos eventualmente ao seu redor, ou preparando atos de insubordinação no quartel, então é melhor alguém de respeito e integridade iniciar um processo qualquer de impedimento - político ou psiquiátrico - de um presidente que só faz complicar a vida da nação, já tão complicada. Não dá mais para absorver tanto desatino e estultice todos os dias, incendiando - literalmente ou simbolicamente - este grande país a cada nova manhã.
Uma coisa - já imensamente perigosa - é tentar implodir o Brasil, tentando encontrar um beco de fuga para seus desacertos no cargo (ou jogando gasolina verbal para incitar os quarteis). Outra é sair agredindo líderes mundiais com desacato primário e raciocínio indigente, se raciocínio há.
Um tempo atrás uma autoridade do próprio governo recomendou que se mantivesse Bolsonaro longe do celular. Ele avançou tanto na irresponsabilidade que o caso, agora, é mesmo de interdição.