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O dinheiro dos Hospitais da Pró-Saúde

Lúcio Flávio Pinto - 01/05/2019

A Pró-Saúde faturou no ano passado quase meio bilhão de reais (R$ 475 milhões) nos oito hospitais do Estado que administra. Por ser uma entidade sem fins lucrativos, imune ou isenta de impostos, não registrou lucro (em 2017, teve superávit de R$ 1,2 milhão no hospital metropolitano de Ananindeua). Mas acumula prejuízo de R$ 4 milhões na unidade de Altamira, atribuído `desatualização de valores de receita).

 

A Pró-Saúde começou a administrar esses hospitais em 2006, em Altamira e Marabá, conseguindo aditar os contratos por várias vezes ou renová-los sem problema. Os prazos de vigência vão até neste ano ou aos dois primeiros anos da próxima década. Mas o novo governo criou um grupo técnico de contratos e avaliação de gestão dos hospitais, depois de questionar o sistema tucano de contratação.

Seria bom a sociedade e seus órgãos representativos acompanharem muito bem a revisão. A começar pelos balanços dos oito hospitais, publicados na edição de hoje do Diário Oficial do Estado. Nas suas demonstrações financeiras, a Pró-Saúde garante que as irregularidades apontadas por um dos seus dirigentes, em delação premiada na Operação Lava-Jato, se restringem às suas unidades do Rio de Janeiro, não indo além dos limites desse Estado. Assegura também que não teve acesso aos autos do processo, que transcorre em segredo de justiça.




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