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Fabricado em Santarém, dinheiro falso é distribuído pela internet e WhatsApp

Weldon Luciano - 01/08/2018

Delegado Ricardo Rodrigues diz que PF faz monitoramento e pede que internautas denunciem esse tipo de crime -

Casos de notas falsas circulando no comércio de vez em quando voltam a repercutir em Santarém. Comerciantes ficam em alerta e a polícia intensifica os trabalhos de investigação, mas a audácia dos falsificadores tem sido cada vez maior, empregando técnicas cada vez mais ousadas e utilizando as redes sociais como ferramenta de divulgação e distribuição do material. De acordo com a Polícia Federal, a internet tem sido uma ferramenta muito útil na distribuição e grupos, ainda que isoladamente, passaram a fabricá-las na região.

Segundo o delegado Ricardo Rodrigues, a Polícia Federal mantém um trabalho de monitoramento constante da atividade dos falsários.  “Apesar do processo bem rudimentar, estas notas passaram a ser fabricadas aqui. Elas não são tão sofisticadas, mas apresentam requisitos suficientes para enganar, por exemplo, aqueles comerciantes que trabalham a noite ou infiltrá-las em alguma operação comercial que envolva muitas notas. A fabricação destas notas passou por um sistema bem artesanal que não deveria prosperar por muito tempo. Não dá para apontar que seja uma quadrilha e sim indivíduos que estão agindo de maneira isolada.”

Fazendo uma rápida pesquisa pela internet, é possível encontrar notas de dinheiro falsificadas foram colocadas à venda no site de compra e vendas, como a  OLX, por exemplo. Os anunciantes fazem propaganda do seu negócio ilegal, mostrando caraterísticas das notas por meio de fotos, garantindo até a qualidade da falsificação.

Acessando os perfis, existem anúncios de vendas de notas de 50 e 100 reais. Mesmo com a ciência de que esta ação é ilegal, um grande número de pessoas demonstra interesse e deixam seus contatos para receberam mais informações de como fazer a aquisição via Whatsapp.

Sobre estes casos, a Polícia Federal esclarece que é importante a participação da população que deve sempre denunciar e não se envolver com este tipo de situação. “As pessoas que receberem estas publicações que oferecem dinheiro falso para venda, devem comunicar a Polícia Federal, principalmente ‘printando’ ou imprimindo o conteúdo da tela e trazer para a gente.  Pode acontecer duas coisas, as pessoas conseguem realmente adquirir a nota falsa, mas a ocorrência maior é de pessoas que foram ludibriadas, ou seja, pagaram para receber notas para as pessoas que estão anunciando e acabam sendo enganados. As pessoas que possuem a intenção de adquirirem notas falsas e colocá-las em circulação estão cometendo um crime grave, podendo ser preso. A pessoa que entra neste tipo de trama pode ir de criminoso a vítima”, ressalta o delegado.

A população deve estar atenta e conferir o dinheiro no momento em que recebe. “Pode acontecer que esta pessoa receba uma nota  de outra pessos de boa índole e que não percebeu que era falsa. O comerciante pode recusar a nota e pedir que o cliente faça o pagamento de outra forma. É importante também que elas sejam entregues a Polícia. Sem a nota, ou o material, não tem como iniciar uma investigação. A gente parte dela sempre para manter investigações no Brasil inteiro. Pelas caraterísticas da nota a gente consegue atribuí-la a uma distribuição e determinado falsificador. Se você tem um derrame grande de dinheiro falsificado em Santarém, a informação rapidamente se espalha, os comerciantes ficam mais atentos e rapidamente podemos identificar a origem do crime. ”, conclui o delegado Ricardo Rodrigues.  




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