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Festa de confraternização da Câmara teria sido paga com requisição de combustíveis, revela delator da Perfuga

Portal OESTADONET - 17/07/2018

Samuel Fernandes: farra de combustíveis pagou até despesas pessoais e festejos de final do ano na Câmara de Vereadores -

Na delação premiada de Samuel Conceição Fernandes, ex-diretor da Câmara Municipal de Santarém, e réu na Operação Perfuga, cujo conteúdo na íntegra foi divulgado pelo Portal OESTADONET e pode ser acessado após download do arquivo, o promotor Rodrigo Aquino tomou conhecimento que parte das despesas de uma festa de confraternização dos vereadores e funcionários do legislativo foi paga com saldo de requisição de combustível.

Segundo declarou Samuel Fernandes, o proprietário do posto Santa Izabel, que é o mesmo do supermercado Alfa, que forneceu os gêneros alimentícios para a festa, cobrou da Câmara o pagamento dessas despesas. A solução encontrada pelo ex-presidente Reginaldo Campos, segundo o delator, foi emitir nota fiscal e pagar a mais pelo combustível para que o saldo em favor da Câmara quitasse parte das despesas com a festa de final de ano." Duas vezes eu presenciei o Reginaldo falar para emitir nota com valor mais alto para o posto para pagar o supermercado. Uma vez eu ouvi, no carro, ele falar que havia uma dívida muito alto com o supermercado. E que o posto Santa Izabel iria emitir uma nota fiscal com valor mais alto. No final do ano ele reclamou de uma nota muito alta para o posto porque estava devendo o supermercado e que ele precisava pagar a festa de final de ano da Câmara".

Samuel disse, no entanto, que não chegou a presenciar repasse em dinheiro do posto para Reginaldo Campos pagar o supermercado, mas recordou que, certa vez, viu o ex-presidente da Câmara de Santarém com um envelope, que ele acreditava conter cerca de 5 a 7 mil reais, ser entregue ao supermercado. " Uma vez eu fui com o Reginaldo ao supermercado Alfa ( do mesmo proprietário do posto Santa Izabel), que estava se recusando a fornecer gêneros para a Câmara, o Reginaldo estava com um envelope que ele tinha falado para mim que continha 5 ,6, 7 mil reais, e ele deu como AV (sic) no supermercado", revelou o ex-diretor da Câmara.




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