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Vereadores de Santarém respondem a mais de 20 investigações da Polícia e MP

Portal OESTADONET - 07/05/2018

Créditos: Ministério Público e Policia Civil prosseguem investigando denúncias de irregularidades na Câmara Municipal de Santrém

A partir da Operação Perfuga, que resultou nas delações premiadas do ex-vereador Reginaldo Campos e do ex-chefe de Recursos Humanos da Câmara de Vereadores, Andrew de Oliveira da Silva, além dos processo judiciais em curso, que apuram crimes de peculato, desvio de combustíveis e falsidade ideológica, estão sendo realizadas mais de 20 investigações por meio da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual.

A maioria dessas investigações apura a ocorrência de casos de funcionários fantasmas em gabinetes de vereadores. Há mais de 10 inquéritos policiais em andamento só para apurar essa irregularidade.

O primeiro inquérito aberto e já em fase de conclusão, investiga a denúncia feita em delação por Andrew de Oliveira da Silva contra o vereador Valdir Matias Jr(PV). O parlamentar foi acusado de manter na folha de pagamento o blogueiro Daniel Noel sem que este comparecesse ao trabalho regularmente.

Noel prestou depoimento e esclareceu que prestava efetivamente o serviço para o qual foi contratado - midias sociais e produção de material para internet - utilizando o sistema de home office, isto é, trabalhava de qualquer lugar, já que o tipo de serviço não exigia sua presença fisica na Câmara.

Segundo o Portal OESTADONET apurou está sendo investigada, tambem, a contratação de servidores para os gabinetes dos vereadores Ney Santana, Jardel Guimarães, Alaércio Cardoso, Silvio Amorim, Henderson Pinto e Maria José Maia.

Há também investigação do Ministério Público sobre as contas da gestão do vereador Henderson Pinto na presidência da Câmara Municipal de Santarém para apurar se houve ou não irregularidade na reforma do telhado da Câmara e utilização ilegal de empresa de recursos humanos para a contratação de servidores tempórários no período em que Henderson presidiu o poder legislativo municipal.

Outro inquérito policial, cuja prorrogação de prazo termina dia 13 de maio, que está em andamento envolve quatro ex-vereadores e três vereadores que faziam parte da mesa diretora presidida por Reginaldo Campos - Ney Santana, Nicolau do Povo, Silvio Amorim, Silvio Neto, Luiz Alberto Cruz e Marcela Tolentino.

O delegado José Castro apura a ocorrência de crime de falsidade ideológica na edição de uma portaria, com data retroativa, que visava regulamentar a distribuição de combustíveis aos vereadores. Este inquérito faz parte do segundo processo originado pela Operação Perfuga.

Outro vereador que responde a processo perante à justiça estadual é Emir Aguiar, denunciado pelo Ministério Público em Ação Civil de Improbidade Administrativa sob alegação de ter mantido funcionário fantasma em seu gabinete na Câmara Municipal de Santarém e ter se apropriado de parte do pagamento do referido assessor comunitário, Mário Gomes de Souza, também denunciado nessa Ação de Improbridade juntamente com o ex-secretário de administração municipal, Kássio Almeida Portela.

Em outro desdobramento da delação premiada de Reginaldo Campos e Andrew Oliveira, o vereador Mano Dadai está preso preventivamente. A mulher dele, Patricia Ferreira Gonçalves, que também chegou a ficar presa preventivamente, é acusada de ter recebido pagamento de salário sem ter trabalhado efetivamente no gabinete do então vereador Reginaldo Campos e, junto com o marido, ter fornecido informações falsas.

Quanto ao processo original da Perfuga, que envolve 28 réus, a instrução criminal está suspensa, desde março, aguardando a conclusão de perícia dos equipamentos eletrônicos, requerida pela defesa dos réus.




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