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Ex-mulher do vereador Dadai esteve na folha da Seminfra durante gestão da ex-prefeita Maria do Carmo

Portal OESTADONET - 19/04/2018

Uma consulta ao Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de Santarém revela que, pelo menos durante 7 meses, Patrícia Pereira Gonçalves, ex-esposa do vereador Mano Dadai, presos ontem, preventivamente, por ordem do juiz Alexandre Rizzi, titular da Primeira Vara Penal da Comarca de Santarém, na sexta fase da Operação Perfuga, recebeu remuneração que totalizam R$ 6.133,33 no período de novembro de 2011 a maio de 2012, no cargo de encarregada na Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra), durante o governo da ex-prefeita Maria do Carmo.

Como o mecanismo de busca do Portal da Transparência mostra, apenas, sete ultimos pagamentos ao servidor, não é possível afirmar se Patrícia também recebeu remuneração anterior a maio de 2011. Quanto à efetiva prestação de serviço na Seminfra sabe-se, apenas, que a ex-mulher do vereador Dadai mantinha ligações políticas com secretários petistas.


Depois de maio de 2012 o nome de Patrícia aparece no Portal da Transparência com a observação que não mantém vínculo com o município atualmente.




Patrícia Gonçalves, ocupou, por 14 meses, o cargo de chefe de gabinete do então presidente da Câmara Municipal de Santarém, Reginaldo Campos, recebendo o valor total de 55 mil reais, no período de 2015 a 2016. Ela foi denunciada pelo Ministério Público, ontem, à justiça por crime de peculato, juntamente com o vereador Mano Dadai.

Os crimes apontados contra Dadai pela operação Perfuga foram descobertos a partir do acordo de delação premiada do ex-vereador Reginaldo Campos, preso nessa operação, em 5 de agosto de 2017.

A contratação de Patrícia, segundo o promotor Rodrigo Aquino, foi parte de um acordo político para apropriação indevida de recursos públicos de novembro de 2015 a dezembro de 2016, uma vez que Dadai era líder comunitário e presidente de um partido que se coligou ao PSC de Reginaldo, nas eleições de 2016.

Na tarde de quarta-feira(18), os promotores Rodrigo Aquino, Bruno Fernandes e Maria Raimunda Tavares, apresentaram à imprensa os motivos que levaram a decretação das prisões preventivas.

"O indiciado Mano Dadai começou na corrupção e chegou à Câmara por conta da corrupção que resultou no processo de cassação de Reginaldo Campos. Não é esse o tipo de conduta que se espera de um agente público", afirmou Rodrigo Aquino.




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