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Indígenas reclamam que são discriminados por diretora de escola em Santarém

Portal OESTADONET - 04/04/2018

Créditos: Cacique Josenildo (centro) e lideranças de Acaizal

Lideranças indígenas estiveram reunidas, terça-feira(3), em Santarém, para organizar um protesto em frente ao prédio da Secretaria Municipal de Educação(Semed) em resposta ao que consideram desrespeito a sua condição étnica pela diretora Raimunda Bentes Moutinho, da escola municipal que atende aos alunos indígenas da aldeia Açaizal, localizada na  Rodovia Curuá-Una,  região do planalto.

Segundo essas lideranças, os indígenas se sentem desrespeitados por causa da volta da diretora da escola, que depois de várias denúncias junto à Semed, mês passado, foi  prometido que Raimunda seria afastada. 

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Os líderes sustentam que 'o direito garante aos índigenas serem consultados sobre tudo o que diz respeito à sua educação. E a avaliação negativa que eles tem em relação a gestora deveria ser levada em conta pela Prefeitura".

Segundo denúncia encaminhada ao Portal OESTADONET, a diretora da escola, entre outras coisas outras afirmações de cunho discriminatório, diz que "os indígenas não são nada", atitudes que os indígenas consideram um "deboche".

A reportagem espera posicionamento sobre as denúncias das lideranças indígenas por parte da Semed. Até o fechamento desta matéria o Portal OESTADONET ainda não havia recebido o contraponto da administração municipal.

A insatisfação dos indígenas aumentou quando tomaram conhecimento que  apesar da promessa da coordenadora de educação da região do Planalto, Marluce Pinto, de exonerar a diretora, o que segundo eles não ocorreu, foram informados que Raimunda registrou Boletim de Ocorrência na delegacia de polícia contra o cacique e outros líderes como retaliação pela denúncia que fizeram contra ela na Semed, no dia 24 fevereiro deste ano.

No documento, os indígenas reclamam que não foram consultados no processo de nomeação da direção da escola e denunciam Raimunda por atos discriminatórios contra professores indígenas.

Segundo as lideranças indígenas, os professores prometem que, se a diretora permanecer no cargo, não ficarão em sala de aula. Apenas dois profissionais nao índigenas estão dando aula aos alunos das comunidades de Açaizal, Cavada, Ipaupixuna, Amparador e São Pedro do Palhão.




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