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Museu

14/03/2018

Nesta terça-feira (13), uma solenidade marcou o início das obras de restauração e implantação do primeiro Museu de Ciências da Amazônia (MuCA), localizado no município de Belterra, na região do Baixo Amazonas. Esta é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Prefeitura de Belterra, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental (AmaBrasil). O objetivo do Museu é o de incentivar o patrimônio histórico da região, já que ele foi construído na área da antiga Vila Americana de Belterra, instalada por Henry Ford, além de levar a educação empreendedora e científica para a região, fomentando, um dos potenciais do município: o turismo.

De acordo com o titular da Sectet, Alex Fiúza de Melo, existe um projeto global previsto para Belterra que é o de restaurar o patrimônio deixado por Henry Ford e que faz parte da história da cidade, já degradado.

"O Museu de Ciências da Amazônia será construído no lugar do hospital que já não mais existe. Ele tem por objetivo ser um centro de disseminação de valores da cultura científica da região e ao mesmo tempo um centro de formação e irradiador de formação de estudantes e de exposições, que servem não só para a população local, mas para eventual turistas que venham ao local. Com isso, a gente cria uma dinâmica cultural, científica dentro da cidade que dá a cidade a oportunidade de ter alternativas de qualificação a população local", explica o secretário.

De acordo com Alex Fiúza, a instalação do Museu fará com que Belterra ganhe visibilidade e referência que se integram a todo complexo turístico que envolve Santarém e Alter do Chão.

"Belterra está um pouco escanteada nisso. Por isso, ela ganha também centralidade e nós vamos fazendo com todas essas ações crescer a região oeste do Pará, centralizada em Santarém, como polo turístico verdadeiro, mas também para o turismo científico", completa.

Biodiversidade

A implantação do Museu também contribuirá para manter e preservar a imensa biodiversidade presente na região.

"Um polo como esse vai realçar a importância da biodiversidade para a economia do estado: a economia florestal, a biodiversidade presente nas florestas e nos rios, aqui você tem o rio e a Flona e o O Museu vai trabalhar com esses valores e conhecimentos e com experimentos também, porque por trás está o Museu Goeldi, a Ufopa, o Instituto Butantan, o IFPA. Ou seja, todos trabalhando conjuntamente para expor a partir do Museu de Ciências tudo aquilo que fazem de experimentos envolvendo crianças e jovens, então você dá a vida a tudo isso e ajuda a semear valores e reconhecimento da própria população daquilo que ela tem de mais vantajoso e comparativamente de maior riqueza que é sua biodiversidade", explica Alex Fiúza.

A implantação do Museu tem a frente o Governo do Estado do Pará, por meio da Sectet, que coordenou toda a ação, juntamente com a Ama Brasil, na construção do projeto.

"Fomos ao BNDES para buscar o Fundo de Investimentos em recursos não reembolsáveis: R$ 10,5 milhões investidos pelo BNDES, porque o projeto foi aprovado no setor de patrimônio histórico e cultura, através de uma OCIP, porque isso facilita a canalização de recursos. E a Secretaria entra com uma contrapartida para canalizar recursos para treinamento de pessoal, qualificação, durante 4 anos, divulgação do projeto em nível nacional e internacional. Então é uma parceria que foi feita tendo em vista o resgate de Belterra que se transforma num polo de conhecimento, de forma diversificada, de expressão, mas que vá criando uma cultura em que o paraense e o amazônida entenda que o nosso futuro depende da nossa capacidade de gerar uma bioeconomia. Não é o minério nosso futuro. O futuro do Estado do Pará não é o minério, porque ele é esgotável, datado , um dia não existirá mais e ficarão buracos. O futuro do mundo é a bioindústria, tudo que vem com base da biodiversidade. Então essa bioeconomia é o futuro da Amazônia. Nós temos que começar a criar não só iniciativas nesse sentido, casar a academia com o setor empresarial para gerar tudo isso a partir da Amazônia, mas também gerar uma cultura, valores nesse sentido, a partir dos estudantes", argumenta Fiúza.

De acordo com a Sectet, o prazo previsto para a conclusão das obras do Museu é de dois anos, já os trabalhos de qualificação da população são imediatos.
 




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