Ainda em clima de carnaval, Alter do Chão comemora 261 anos
Vista aérea de Alter do Chão, durante o segundo semestre do ano, período em que as praias despontam - Créditos: Agencia Santarém - Ádrio Denner
A Vila de Alter do Chão completa 261 anos nesta quarta-feira, 6 de março. Em 2019, a proximidade da data com período carnavalesco, ou seja, um dia após o término da folia fez com o Conselho Comunitário optasse por realizar as comemorações do aniversário somente na sexta-feira, 8 de março, ocasião em que o tradicional bolo gigante deve ser cortado e distribuído.
Durante os cinco dias de folia, a vila reuniu foliões de várias partes da cidade que estiveram presentes tanto na Praça do Sairé, na programação que conta com o amido de milho, spray de espuma, conhecida como mela mela, assim como também estiveram presentes na programação realizada na Praça 7 de setembro, conhecida como cara limpa. A estimativa é de que 30 mil pessoas tenham passado por Alter durante o fim de semana.
História
Fundada no dia 6 de março de 1626, pelo português Pedro Teixeira, foi elevada à categoria de vila por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador da capitania do Grão-Pará, durante o Brasil Colônia, no dia 6 de março de 1758.
Alter do Chão, durante os séculos XVII e XVIII, recebeu diversas missões religiosas comandadas pelos jesuítas da ordem franciscana. O culto de Nossa Senhora da Saúde foi instituído. Tornou-se esta, a santa padroeira local.
Até o século XVIII, a vila era habitada majoritariamente por comunidades indígenas Boraris. No início do século XX, Alter do Chão era uma das rotas de transporte do látex extraído das seringueiras de Belterra e Fordlândia. Foi um período curto de desenvolvimento para a vila, mas, a partir da década de 1950, ocorreu a decadência do extrativismo amazônico e a vila foi atingida pelo déficit econômico. Desde a década de 1990 até os dias de hoje, o atual distrito aposta no turismo para evoluir economicamente e passou a ser um dos roteiros mais procurados do Brasil.
Turismo
Distante aproximadamente 37 quilômetros de Santarém e com 6 mil habitantes, a vila está entre os destinos mais procurados por suas belas praias. A mais famosa delas, localizada em uma península com terrenos arenosos e inundáveis, também conhecida como Ilha do Amor, atrai milhares de turistas anualmente. Festas como Reveillon e Carnaval também estão entre os mais procurados. No mês de setembro, acontece a Festa do Sairé, composto por manifestações culturais e religiosas que relembram a chegada do colonizador europeu na região, além de valorizar a tradição indígena do povo Borari e a lenda do Boto.