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Troca de diretor, segurança e novo regime de contratação de médicos são medidas tomadas para garantir funcionamento da UPA em Santarém

Weldon Luciano - 24/04/2019

Dayane Lima, secretária municipal de saúde. -

A paralisação dos médicos que atuavam no atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Santarém expôs uma série de problemas que levaram o caos na saúde. Algumas reivindicações dos profissionais foram atendidas e outras devem ser encaminhadas até o dia 1º de maio, prazo estipulado para que tudo se normalize e a população volte a ser atendida na UPA. Entre elas os pontos solucionados estão: a troca de diretor, contratação de empresa de segurança e novo regime de contratação de médicos. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 24 de abril, em uma entrevista coletiva que envolveu representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e o Conselho Municipal de Saúde.  

 

“Estamos contratando médicos de fora, mas também estamos no aguardo dos médicos que tem interesse em permanecer no quadro da UPA. Nosso intuito mesmo é dialogo e resolver os pedidos deles, trazer solução e priorizar que eles façam um bom atendimento à população com melhor rotatividade e melhor assistida. A partir de amanhã (quinta-feira) o número de médicos no atendimento já deve aumentar e acreditamos que fecharemos as escalas com os médicos até o dia 1º de maio”, declarou Dayane Lima, secretária municipal de saúde.  

  

Os médicos relataram a ocorrência de assédio moral tanto por parte do Instituto Panamericano de Gestão (IPG), vinda do setor que fiscalizava o cumprimento de escalas, quanto por parte de pacientes. A Semsa confirmou a indicação de um profissional para fazer a mediação destas questões, que seria a enfermeira Alba Leal. O afastamento do Dr. André Franco, que atuava no setor, com quem muito tiveram desentendimentos não foi confirmado pelo IPG, mas ainda não está descartado.

 

“Havia uma situação muito ruim de diálogo entre os médicos e o IPG. Foi solicitado a mediação de um diretor para fazer essa mediação. Já temos uma diretora que deve cumprir essa função. Há um descontentamento pelo excesso de cargo horária e esse diálogo vem sendo reestabelecido e estamos procurando consolidar o retorno dos atendimento porque o serviço de urgência e emergência de porta aberta não pode ser paralisado. O maior prejudicado por isso é a população”, ressaltou Gracivane Moura, presidente do Conselho Municipal de Saúde.

 

Outra mudança sinalizada pela Semsa é o regime de contratação dos médicos. A partir de agora, o IPG terá contrato direto com os médicos, sem intermédio de empresa ou cooperativa. A medida soluciona o impasse onde parte dos médicos da empresa pretendem continuar o serviço e outros não querem mais atuar por conta dos atritos com o IPG. Sendo assim, aqueles que querem ficar serão contratados individualmente e as demais vagas devem ser preenchidas por médicos vindo de fora, em sua maioria, vindos de São Paulo, suprindo a carência de profissionais na região. A meta é manter 5 médicos durante o dia e 4 durante a noite.

 

Quanto à segurança, a Semsa confirmou também a contratação de uma empresa para gerenciar a segurança de pacientes e profissionais no exercício de suas funções. A medida deve pôr fim aos constantes casos de violência nas dependências da unidade. Enquanto todos os pontos de divergência não são solucionados a UPA segue com o funcionamento limitado. Apenas um médico, o Dr. Itamar Junior, que é diretor do IPG segue cuidando dos atendimentos desde que a paralisação iniciou. Outras reuniões entre as partes devem ocorrer para pôr fim aos atritos. 




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