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Gravidez na adolescência: Bairro do Uruará apresentou média de um caso por mês na faixa etária de 13 a 15 anos

Weldon Luciano - 05/02/2019

Em plena Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência atividades relacionadas ao tema são realizadas na Unidades Básicas de Saúde (UBS). Por lei, o Governo Federal instituiu a primeira semana de fevereiro como o período para intensificar ações, mas a dura realidade de adolescentes grávidas ocorre o ano todo. Todos os dias, dezenas de adolescentes procuram atendimento referente ao pré-natal. A Secretaria Municipal de Saúde ainda não divulgou de forma oficial os dados registrados no município em 2018, mas os dados da UBS do Uruará, onde ocorreu a abertura do evento, aos quais a reportagem do Portal OESTADONET teve acesso, trata-se de uma situação alarmante: 12 casos entre jovens de 13 a 15 anos, média de uma por mês.
 
 
“Algumas ficaram conosco, mas alguns casos foram referenciados. Conforme a faixa etária elas vão sendo encaminhadas para o serviços especializados, que é o Centro de Referência em Saúde da Mulher. A gente sabe que elas não estão preparadas e são consideradas gestantes de alto risco com muitas chances de terem esses bebês de forma prematura. Muitas sofrem com baixo peso, pré-disposição para eclampsia e a síndrome de Help. Na maioria das vezes, o corpo desta adolescente ainda está em formação e não está pronto para uma gravidez”, ressalta Marijane Reis, que faz parte de uma das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF).  
 
 
 
 
Como parte da programação, até o dia 8 de fevereiro serão realizadas ações de saúde nas UBS's com oferta de atividades educativas relacionadas ao tema gravidez na adolescência (métodos contraceptivos, riscos e cuidados durante a gravidez), testes rápidos (HIV, sífilis, hepatites B e C), atendimentos de enfermagem, consulta médica, implementação da Caderneta do Adolescente, aferição da pressão arterial, avaliação antropométrica, imunização, Avaliação de Índice de Massa Corporal (IMC).
 
 
Vulnerabilidade Social
 
 
Segundo dados apontados pelas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) o bairro Uruará possui aproximadamente 9 mil moradores, dos quais aproximadamente 3 mil são mulheres em idade fértil. Deste total aproximadamente 10% são adolescentes. Neste contexto, a vulnerabilidade social é o maior fator de risco. 
 
 
Apesar do município ter avançado nas últimas décadas na disseminação do uso de anticoncepcionais entre as mulheres, entre as adolescentes de classes mais baixas o acesso a esses métodos ainda é deficiente.
 
 
“O trabalho educativo é muito importante, pois é através dele que a gente vai trabalhar a questão da sexualidade saudável e da utilização correta dos meios contraceptivos. Muitas vezes o adolescente descobre a sexualidade na rua. Se ele não tiver a orientação com a família, por exemplo, ele acaba sendo induzido por outras pessoas que desconhecem do assunto”, conclui Marijane.




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