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Cinco por cento da população de Santarém, atendida pelo SUS, são diagnosticados com diabetes e hipertensão

Weldon Luciano - 25/10/2018

A divisão técnica da atenção básica, ligada a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) divulgou dados atualizados da quantidade de hipertensos e diabéticos em Santarém, oeste do Pará. Segundo o relatório, 10.112 pessoas possuem hipertensão, 3.991 diabéticos e 3.608 são portadores das duas doenças. O cálculo é feito com base nos atendimentos feitos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), levando em conta o número de pessoas que realizam consultas e tem acesso a medicamentos em todas as 77 unidades do município. No total, são 17.711 usuários, número que corresponde a 5% da população total de Santarém, hoje estimada em 302.667 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o Conselho Municipal de Saúde, embora haja uma série de políticas públicas voltadas para o acompanhamento destes pacientes, ainda há muitas reivindicações a serem feitas para a implementação do atendimento na rede pública de saúde.  “A gente precisa que a política pública voltada para este público seja melhor vista. A própria secretaria municipal de saúde possa ter maior agilidade para que haja o fortalecimento da atenção básica para que não falte a medicação e que os agentes comunitários de saúde, façam um trabalho melhor com material e equipamentos necessários para fazer esse atendimento, orientar melhor e dar mais qualidade de vida aos usuários”, diz Gracivane Moura, presidente do conselho.  

Em funcionamento no município, o programa Hiperdia, com o apoio do Ministério da Saúde, destina ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. O sistema envia dados para o Cartão Nacional de Saúde, funcionalidade que garante a identificação única do usuário SUS.

Ainda segundo o conselho, as licitações para a aquisição de medicamentos e o transporte para distribuí-los pelas unidades de saúde ainda dificultam o processo. “Todas unidades básicas recebem uma quantidade de medicamento para serem distribuídos para a população. No entanto, dentro desta política, ainda temos alguns problemas no município no que diz respeito a licitações para a aquisição de medicamentos, além da dificuldade de entrega destes medicamentos nas unidades básicas de saúde. Essa situação do acesso aos usuários ainda é uma preocupação”, conclui Gracivane.

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016. Revela ainda que as mulheres registram mais diagnósticos da doença – o grupo passou de 6,3% para 9,9% no período, contra índices de 4,6% e 7,8% registrados entre os homens.

O número de pessoas diagnosticadas com hipertensão no país cresceu 14,2% na última década, passando de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. As mulheres, novamente, registram mais diagnósticos da doença – o grupo passou de 25,2% para 27,5% no período, contra índices de 19,3% e 23,6% registrados entre homens.




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