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Bebê de dois meses e jovem com necessidades especiais são alguns dos acolhidos no abrigo Reviver, em Santarém

Weldon Luciano - 29/08/2018

Equipe do abrigo Reviver e área de recreação das crianças -

Quando crianças e adolescentes entram em situação de vulnerabilidade em Santarém, oeste do Pará, elas são encaminhadas para o acolhimento por meio de duas alternativas autorizadas pela justiça: uma pelo Programa Família Acolhedora (PFA) e outra pelo Abrigo Institucional, mais conhecido como Casa de Acolhimento Reviver, localizada no bairro São Francisco. Atualmente, o espaço atende 21 pessoas, sendo 1 adulto, 16 crianças e 4 adolescentes. O mais novo possui 2 meses, enquanto, o mais velho, que é portador de necessidades especiais, possui 22 anos.  

De acordo com coordenadora da Casa de Acolhimento, Ironeide Sales, o serviço institucional atua dentro da medida protetiva para garantir diretos e funciona como se fosse uma casa. “O serviço deve ter característica residencial, portanto, deve ter todo o aspecto de uma casa seguindo toda a rotina doméstica diária desde o deitar ao levantar. As crianças e adolescentes precisam ter acesso a convivência comunitária e familiar”.

O maior parceiro do projeto ainda é a prefeitura de Santarém que desenvolve o papel de mantenedora, com o apoio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras), de Saúde (Semsa) e de Educação (Semed). Toda assistência médica e os estudos são garantidos pela rede pública.  “Nosso parceiro principal é o município. Temos um posto de referência que é o posto de saúde da área de abrangência. É uma exigência, que eles sejam atendidos prioritariamente pelas escolas e pelos postos de saúde da aonde fica localizado o serviço de acolhimento. Quem não tem idade de ir para a escola está inserido em uma creche. Quem não tem idade de creche fica dentro da casa sob os cuidados dos cuidadores”, diz Ironeide.  

A Casa de Acolhimento também conta com Padrinhos solidários que ajudam concedendo atendimentos gratuitos com odontólogos, ortopedistas, neurologistas, fisioterapeutas, nutricionistas e da comunidade em geral desenvolvendo diversas atividades. Passeios e visitas a diversos locais da cidade também são incluídos nas atividades com os padrinhos. Para ser um deles é preciso atender os critérios estabelecidos, que incluem uma triagem com visita a casa do candidato. Todos precisam ser maiores de idade.

O serviço precisa atuar na perspectiva da reintegração desta criança, prioritariamente, no convívio familiar. Todos os moradores da casa podem receber visitas de segunda a sexta, pela parte da manhã ou tarde. Este tipo de medida faz parte da reinserção no seio familiar. “Sabendo que eles vieram de núcleos familiares em que eles tiveram seus direitos desrespeitados, as equipes técnicas atuam justamente para que as famílias possam se empoderar, sair da situação de vulnerabilidade e assim reaver a guardar dos filhos. Para ser reintegrada a equipe foca no fortalecimento dos vínculos que por algum motivo foram rompidos e ai é feita a reaproximação. Obviamente, a justiça, algumas vezes também determina proibições e quando há a restrição de visita da mãe, do pai ou de outro familiar, o serviço cumpre a determinação.No ponto da adoção, a gente atua com a equipe técnica que faz todo um estudo para pontar por meio de um parecer técnico se a criança será reinserida ou adotada por outra família. Caso a família de origem não corresponda, é feita uma possível destituição familiar, ressalta a coordenadora.   




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