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Polícia alerta para golpes aplicados em plataformas virtuais de vendas; Golpe da OLX já foi registrado na região

Weldon Luciano - 13/06/2019

As plataformas virtuais de vendas auxiliam muitas pessoas a anunciarem produtos que estejam à venda e localizar potenciais compradores. Porém, a incidência de golpes nos grupos nas redes sociais destinados para este fim ou em sites especializados tem chamado a atenção da Polícia. Três casos, envolvendo golpes, foram registrados nas últimas semanas na 16ª Seccional em Santarém.

 

“A gente percebe que existem muitas pessoas sendo enganadas e orientamos os usuários destas plataformas que não aceitem a intermediação de terceiros que estejam oferecendo algum tipo de facilidade e passe a negociar diretamente com o dono do bem. Se alguém aparecer alegando estar vendendo em nome de um parente ou amigo, não aceite e procure efetuar a negociação diretamente com a pessoa que realmente tenha a posse dele”, ressalta Lucivelton Santos, delegado de Polícia Civil.

 

De acordo com o que apurou a reportagem do Portal OESTADONET, os golpes vão além dos mais comuns como aqueles em que o vendedor recebe o pagamento e não entrega o bem ao comprador ou que o alguém tenta vender um bem de um terceiro sem as devidas autorizações. Há um novo tipo de golpe, mais complexo e com grande incidência no país, que já foi registrado na região. Popularmente, já são conhecidos como Golpe OLX, em referência ao site de compras e vendas.

 

Por exemplo: os golpistas clonam o anúncio de uma motocicleta ofertada a R$ 10 mil, anunciando a mesma por R$ 8 mil. A partir de então, eles arquitetam um esquema para conseguir o dinheiro de algum interessado em comprar a moto. Após receber a oferta de R$ 8 mil no anúncio falso, os golpistas entram em contato com o verdadeiro anunciante, dizendo que compram a motocicleta e que um intermediário vai representá-los no cartório durante os trâmites necessários nesse tipo de transação.

 

Este representante, na verdade, é o comprador atraído pelo anúncio falso que não tem ideia do esquema e transfere para a conta dos golpistas o valor combinado enquanto ao vendedor é repassado um comprovante falso como se o valor da motocicleta, inicialmente, de R$ 10 mil estivessem depositado em sua conta. Ao final de tudo, os golpistas somem sem deixar rastros e tanto comprador quanto vendedor são enganados. 

 

Segundo a Polícia, não existe um perfil de usuário que possa ser considerado como um golpista em potencial e que este tipo de crime pode ser cometido por pessoas que são da cidade ou que apesar de virem de outros lugares conhecem bem a região e na maioria dos casos utilizam chips de celular com o DDD local, o que fortalece ainda mais o golpe. “Depois que a pessoa é enganada é difícil até mesmo de rastrear o dinheiro do pagamento pois ele acaba sendo pulverizado em muitas contas em muitos depósitos em contas de laranjas”, conclui Lucivelton.




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