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Durante voo entre Jacareacanga e Itaituba, ambientalista flagra degradação ambiental causada por garimpo em terras indígenas

Weldon Luciano - 04/06/2019

As fotos foram feitas durante o voo da Aldeia Missão São Francisco (Jacareacanga) até Itaituba. Durante o trajeto, a aeronave passou por cima de garimpos ilegais instalados nas Florestas Nacionais (Flonas) e Terras indígenas Munduruku. De acordo com o ambientalista Caetano Scannavino, autor do registro, é possível constatar a presença deles em diversos pontos, principalmente no Rio das Tropas, Rio Crepuri e próximos da região do Rio Jamanxim. Ele estava em missão junto aos índios Munduruku do Alto Tapajós.

 

“Essa é a imagem que predominou ontem em todo meu vôo do volta, com garimpos em cima de garimpos, tudo em plenas terras indígenas e unidades de conservação (Flonas), o que é categoricamente proibido por lei”, relatou o ambientalista. 

 

 

 

O ambientalista criticou ainda o modelo de desenvolvimento empregado na região que não respeita as legislações ambientais. “Questionar isso não é ser contra o desenvolvimento, mas contra esse modelo que compromete tudo e todos pra favorecer só alguns. Se fosse bom, depois de tantos anos de exploração, Itaituba, Jacareacanga já deveriam ter asfalto, saneamento, energia sem blackouts toda hora, internet banda larga e hospitais de primeira. Todos sofrem, a começar pelos índios, com o sustento comprometido, águas contaminadas, mercúrio, doenças que o serviço público não dá conta de resolver”, ressalta.

 

Ação do MPF  

 

O Ministério Público Federal (MPF) tem denunciado à justiça que a atividade garimpeira esta? se espalhando indiscriminadamente pela região: dentro das Flonas de Itaituba I e II, entre o município de Itaituba e Trairão, além  de suas zonas de amortecimento, onde existem 11 lavras garimpeiras em disponibilidade, 24 autorizac?o?es para pesquisa, 166 requerimentos de lavra garimpeira, e 30 requerimentos de pesquisa.
 

O MPF quer que a União e  Agência Nacional Mineradora sejam responsabilizados pela degradação e que proibia  o deferimento dos requerimentos de autorização de pesquisa, permissa?o e concessa?o de lavra dentro das Flonas, sob pena de multa de R$ 500 mil para cada deferimento indevido.




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