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Santarém, Óbidos, Alenquer e Oriximiná enfrentam alagamentos em ruas de suas orlas durante enchente

Weldon Luciano - 26/05/2019

Enchente em quatro municípios da região Oeste deixa parte da orlas inundadas nesse período do ano -

Os rios Tapajós, Amazonas, Surubiu e Trombetas que banham os municípios de Santarém, Óbidos, Alenquer e Oriximiná respectivamente, vão encerrando o mês de maio apresentando sinais de que devem estabilizar seus níveis, apesar da recente subida após período de estabilização, o chamado repiquete, e iniciar o processo de vazante. Todos seguem acima da cota de alerta inundando ruas, casas e boa parte da extensão de suas orlas.

 

Santarém

 

O rio Tapajós atingiu a marca de 7,70 metros no dia 24 de maio. Nos últimos 9 dias foram 20 centímetros de subida, levando em conta que no dia 14 de maio, a medida era de 7,50 metros.  A informação foi confirmada pela Defesa Civil Municipal com base nos dados obtidos por meio da medição feita com uma régua que atende aos critérios técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) e está instalada na Companhia Docas do Pará, em Santarém.

 

A atual marca mantém o nível 60 centímetros acima da cota de alerta estabelecida em 7,10 metros. Ainda segundo a medição, estamos com 66 centímetros acima do que foi registrado no mesmo período em 2018 e 48 centímetros abaixo do registro feito em 2009, ano em que houve uma das maiores enchentes na região. Pontos na Avenida Tapajós permanecem inundados e bombas de sucção ainda estão instaladas para escoar a água empoçada nas galerias do cais de arrimo.  Apesar da subida nos últimos dias, o rio Tapajós tem dado sinais de que vai estabilizar o nível. As águas chegaram a recuar 2 centímetros, sendo registrado 7,52 no início do mês e 7,50 uma semana depois. Entre os dias 20 e 23 de maio a subida foi de 10 centímetros.  

 

Óbidos

 

A cheia do rio Amazonas tem sido acompanhada de perto pela coordenadoria defesa civil de Óbidos, as leituras mostram uma evolução muito grande no nível das águas do Amazonas, a cheia deste ano ultrapassou a do ano de 2017 com 14 centímetros acima, e a do ano de 2018 com 68 centímetros.

 

A leitura da régua pluviométrica realizada nos dias 23 e 24 de maio apontou que rio esteve com 7,96 metros nos dois dias, indicando que também está estabilizando. Apesar de a enchente ser uma das maiores registradas nos últimos anos, ainda estamos abaixo 54 centímetros da marca registrada no ano de 2009. Pontos do Centro Comercial, aonde se encontram diversos prédios históricos da cidade estão inundados. O avanço das águas tem afetado a rotina de lojistas, clientes, pedestres e motoristas, por contas das ruas que tiveram seu fluxo alterado.

 

Alenquer

 

O Rio Surubiu atingiu a marca dos 7,36 metros, 56 centímetros acima da cota de alerta. De acordo com a Defesa Civil, a cheia afetou 7 bairros e mais de 40 comunidades, resultando em um total de 3.700 pessoas. Na área urbana, os bairros mais afetados são: Santa Cruz da Fazendinha, Bela Vista, Aningal, Centro, Luanda, São Cristóvão e São Pedro-Liberdade.

Foram identificados 27 pontos de inundação e foram executados mais de 300 metros de pontes para assegurar o acesso de moradores para as residências. As primeiras ruas da cidade, entre elas a Benedito Monteiro, estão totalmente inundadas. A Avenida Benedito Monteiro e os acessos da Praça Tito Alves, na orla da cidade, estão inundados.  

 

Oriximiná

 

Em Oriximiná, o rio Trombetas está acima da marca dos 7 metros e se mantem acima da cota de alerta. A água já toma conta de boa parte da orla e inundou a rua 24 de dezembro e aos poucos vai alterando a rotina do centro da cidade, impedido a passagem de veículos e pedestres.  




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